A falta de chuva do momento causa reflexos diretamente nas lavouras de Ijuí e região. O milho acumula grande perda, visto que a cultura está no período de formação de grãos, quando precisa de muita umidade.
O escritório municipal da Emater de Ijuí, até hoje pela manhã, tinha recebido sete pedidos de Proagro devido à quebra no milho. O escritório regional da Emater, com sede em Ijuí, também constata movimento por Proagro dentre os 44 municípios de abrangência, principalmente em lavouras de milho implantadas no final de setembro.
Na cidade de Ijuí, por exemplo, neste mês, até agora choveu apenas 24 milímetros. O agrônomo do escritório municipal da Emater, João Burati, destaca que a perda estimada no milho é de 50 a 60%. Isso porque, a estimativa inicial era de rendimento de 150 a 160 sacas por hectare, porém com a estiagem essa perspectiva está entre 60 e 70 sacas de milho por hectare.
Por outro lado, João Burati comentou que os agricultores ijuienses estão antecipando a produção de silagem de milho. Mesmo assim, há muitas plantas murchas, ainda com folhas secas, além de espigas com pouca quantidade de grãos ou grãos pequenos.
O agrônomo ainda informou que falta chuva para desenvolvimento das pastagens, com repercussão na produção de leite. No tocante à soja, João Burati observa que a falta de umidade prejudica o desenvolvimento da oleaginosa, mas não dá para avaliar prejuízo. Há poucas áreas de soja em Ijuí e região que iniciam a floração, período em que a planta necessita de umidade no solo.