Em áudio, coordenadora da vigilância epidemiológica relata o avanço da COVID-19 em Ijuí

“A coisa Degringolou” é isso que fala a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Ijuí Andreia Amorim, em um áudio que a Reportagem da Rádio Progresso teve acesso, na manhã desta Segunda Feira(22). Em uma fala a um grupo de trabalho que coordena as ações de combate a COVID-19 em Ijuí, a coordenadora cita que são 109 casos confirmados da doença na cidade. No áudio, Andreia cita que epidemiologicamente o período é diferente. Isso porque, a cidade ultrapassou os 100 casos e infelizmente acometeu uma criança de apenas um ano com a doença. Andreia Amorim diz que caminhoneiros, representantes comerciais e empresários são os que têm uma tendência maior de positivar para o Novo Coronavírus.

A coordenadora confirma o surto da doença no Mercado Modelo. “São 14 casos confirmados, incluindo a família do proprietário” disse Andreia. No mesmo áudio ela explica que os casos em Ijuí começaram a “pipocar” citando o bairro centro com uma concentração maior de casos positivos.  A demanda pelo controle da COVID-19 aumentou significativamente nas últimas semanas em Ijuí. Os exames enviados para o LACEN que somavam 10 por semana, agora são 10 por dia. Neste último final de semana chegaram 21 resultados.

No áudio, Andreia Amorim pede um maior comprometimento da atenção básica de saúde com as famílias que contam com algum caso positivo. Em entrevista a Rádio Progresso hoje, o Secretário da Saúde Marco Atkinson disse desconhecer o teor deste áudio, mas, confirmou saber do problema gerado no Supermercado Modelo. Ao ser questionado sobre uma possibilidade de interdição do local, o secretário disse que a gestão em saúde tem tomado todas as medidas necessárias para combater o contágio da doença.  “Nos últimos dias foram realizados trabalhos de sanitização em locais públicos e também neste supermercado em questão” disse o Secretário.

Marco Atkinson disse que a Secretaria Municipal de Saúde continua atenta à realidade enfrentada em Ijuí. Sobre o áudio da coordenadora Andreia Amorim, ele acredita que isso tenha um contexto de desabafo pela pressão vivenciada no trabalho de combate a pandemia.