O senador pelo PP do Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze, atua como titular da CPI da Covid por alguns dias, no lugar de Ciro Nogueira, que se afastou, visto viajem para o exterior. Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, Heinze disse que a CPI criada no Senado é política, com interesses nas eleições do próximo ano. Ainda citou o mercado trilionário dos medicamentos, ao denunciar o uso de produtos muito mais caros no tratamento de pacientes com o Coronavírus, com preços de mais de 3 mil dólares, em detrimento da cloroquina e invermectina que têm custos irrisórios se comparar com esses outros medicamentos. Heinze defende o uso do tratamento precoce à Covid, mesmo sem comprovação científica.
Aliás, questionado sobre essa comprovação, o senador gaúcho frisou que o Conselho Federal de Medicina liberou para que médicos, conforme avaliação pessoal, indiquem ou não o tratamento alternativo. Luis Carlos Heinze ainda denunciou desvios de dinheiro liberado pelo governo federal para Estados e Municípios aplicarem no combate à pandemia. Comentou que os desvios ocorrem, especialmente por Estados. Inclusive, a CPI começa a ouvir governadores. Quinta-feira vai falar na Comissão Parlamentar de Inquérito o governo do Amazonas. Heinze ainda defendeu a vacinação contra a Covid e negou a existência de um gabinete paralelo que auxiliaria o presidente da República, Jair Bolsonaro, na indicação de tratamento precoce à mencionada doença.