O Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Rio Grande do Sul (Sindicreches) volta às atenções para que as prefeituras avaliem a retomada de aulas nas creches particulares.
Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, a vice-presidente do Sindicreches, Talina Romano, disse que o governo gaúcho deu aval para que os municípios tenham autonomia a fim de decidir sobre retomada ou não das atividades nos mencionados educandários.
Para isso, ela defendeu a criação de comitês de operações especiais contra a Covid-19, onde ainda não existem, para avaliar as medidas sanitárias em relação ao retorno de aulas em escolas particulares de Educação Infantil.
Talina Romano ainda enfatizou que o Sindicreches entregou um documento ao Estado, inclusive com dados científicos, que provam a possibilidade de reiniciar as aulas com segurança. Segunda ela, é melhor a criança ficar na escola do que em casa ou em outros locais de aglomeração, onde a circulação viral pode ser maior. Também observou que nesses educandários é habito seguir as medidas de higiene, dentre outras, que são as reivindicações de autoridades nesse momento de pandemia.
Participou da mesma entrevista nesta manhã na Progresso, João Anilton Johanson, proprietário de uma escola particular de Educação Infantil em Ijuí. Ele falou em nome dos demais educandários dessa natureza e comentou que haverá encaminhamento de documento para a Associação dos Município de Planalto Médio com dados e informações.
Conforme Johanson, as creches particulares podem implantar rapidamente os protocolos de segurança contra a Covid-19. Destacou que a não reabertura dessas escolas pode atrasar o desenvolvimento e aprendizado das crianças, pois os menores não recebem adequadamente os conceitos necessários para o crescimento intelectual.
João Anilton Johanson informou que desde o início da pandemia, duas escolas infantis particulares já fecharam em Ijuí. Há mais de cinco meses fechados, esses educandários sofrem os reflexos financeiros. Nos 11 municípios da Amuplam há 18 escolas, que geram 354 empregos e 1.570 vagas. Somente em Ijuí são creches particulares, com 252 empregos e 1.320 vagas em tempos normais.
O presidente da Amuplam e prefeito de Pejuçara, Eduardo Buzzatti, por sua vez, informou que a associação de municípios não é favorável, nesse momento, ao retorno das aulas na Educação Infantil e a ideia é aguardar mais uns 15 ou 20 dias para avaliar como vai ser a evolução da Covid-19.
Buzzatti, que também é vice-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, disse que a Famurs propôs que o governo gaúcho, via Banrisul, libere uma linha de crédito para ajudar financeiramente as escolas infantis particulares.