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Abrafrigo vê retomada de embarques à China ao fim do mês e fortes exportações em julho

7 de junho de 2019

As exportações de carne bovina do Brasil deverão recuar fortemente em junho, devido à suspensão dos embarques à China por conta de um caso atípico de vaca louca em Mato Grosso, mas as vendas àquele país poderiam ser recordes em julho, no caso de haver uma liberação sanitária, avaliou nesta sexta-feira a Abrafrigo.

A Associação Brasileira de Frigoríficos avalia que até o final deste mês o Brasil poderá voltar a vender à China, o principal mercado para a carne bovina brasileira. Dessa forma, negócios represados em junho, elevariam fortemente os embarques em julho do maior exportador global de carne bovina.

A China, que juntamente com Hong Kong representa cerca de 40% das exportações do produto pelo Brasil, está enfrentando as consequências da contaminação de suas criações de porcos pela peste suína africana, e por isso tem elevado fortemente as importações de várias proteínas.

No mês passado, por exemplo, os embarques de carne de frango do Brasil aos chineses cresceram cerca de 50%.

O Ministério da Agricultura informou na última segunda-feira a suspensão de exportações de carne bovina à China após a confirmação de caso atípico da doença da vaca louca no Mato Grosso.

Como não se trata de um problema que ofereça risco, a suspensão partiu do governo brasileiro, seguindo um acordo com a China.

Embora a Abrafrigo acredite que o Brasil já estará exportando novamente à China em julho, disse a assessoria de imprensa citando o presidente da entidade, Péricles Salazar, o fechamento do mercado neste mês interrompe um bom desempenho dos embarques brasileiros.

Nesta sexta-feira, a Abrafrigo divulgou os resultados das exportações de carne bovina processada e in natura em maio, marcando embarques de 150.216 toneladas, avanço de 35% em relação a igual período de 2018, e receita de 573,7 milhões de dólares, alta de 24% ante o ano anterior.

O governo brasileiro também acredita em uma breve retomada de embarques à China, segundo afirmou nesta semana a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Fonte: Reuters