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Acidente com avião da Gol que matou 154 pessoas completa 15 anos

29 de setembro de 2021

Há exatos 15 anos, o Boeing da Gol que fazia o voo 1907 de Manaus até o Rio de Janeiro chocou-se com o jato Legacy ocasionando a morte de 154 pessoas. O avião caiu a 30 km de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, na terra indígena Capoto-Jarinã, e ninguém a bordo sobreviveu. O jato com sete passageiros conseguiu pousar na Serra do Cachimbo, no Pará. À época, foi a maior tragédia da aviação brasileira até então.

No dia 29 de setembro de 2006, o voo 1907 da Gol saiu de Manaus com destino ao Rio de Janeiro e escala em Brasília por volta de 15h35. O jato Legacy saiu de São José dos Campos, em São Paulo, às 14h51, e iria fazer uma parada em Manaus. Depois, seguiria para os Estados Unidos.

Por volta de 21h, a Gol informou em nota o desaparecimento do Boeing e o choque com o jato. Em seguida, a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Corpo de Bombeiros iniciaram as buscas pelas vítimas do acidente. Os primeiros destroços e corpos demoraram a ser encontrados devido ao difícil acesso ao local onde a queda aconteceu, uma área de mata fechada. Uma base de apoio foi montada na Fazenda Jarinã, próximo ao local do acidente, para o resgate das vítimas.

Na manhã do dia seguinte, um domingo (30), os militares conseguiram encontrar os destroços do avião e os corpos começaram a ser resgatados. As duas caixas-pretas do Boeing da Gol foram encontrados na segunda-feira, 2 de outubro, e confirmaram a colisão com o jato Legacy.

O trabalho de resgate durou cerca de 50 dias e envolveu mais de 800 pessoas, entre militares e voluntários.

O último corpo a ser encontrado foi o do bancário Marcelo Paixão Lopes, que foi identificado por DNA quase dois meses depois da queda da aeronave.

Durante as investigações, as famílias da vítimas criaram uma associação para acompanhar e cobrar informações sobre o acidente.

Em 2006, os controladores de voo implementaram a “operação-padrão” e os protestos provocam atrasos nos aeroportos. No mês seguinte, cinco operadores da torre de Brasília faltam ao trabalho e provocam atrasos em todo o país.

E, em 2007, os trabalhadores de Manaus iniciaram uma paralisação . Foram suspensas todas as decolagens no Sudeste e Centro Oeste do país, deflagrando mais uma vez o caos nos principais aeroportos. Eles estavam insatisfeitos com as condições de trabalho. Na época haviam cerca de 320 controladores de voo trabalhando em Brasília.

O Senado instalou uma CPI para investigar a crise no sistema aéreo do país. Ela foi chamada de CPI do Apagão Aéreo.

Fonte: Editado de G1/ Foto: Arquivo pessoal