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Após reconstituição, polícia acredita que Rafael morreu quando era arrastado até a porta da casa

19 de junho de 2020
Fotos: Jeniffer Gularte e Lauro Alvez

Durou em torno de 6 horas a reconstituição da morte de Rafael Mateus Winques em Planalto. Na oportunidade, a Polícia Civil esclareceu alguns pontos que foram abordados durante a simulação dos fatos.

Após a ação, o o delegado Eibert Moreira Neto concedeu coletiva de imprensa e afirmou que acredita que o menino morreu a partir do momento em que a mãe, Alexandra Dougokenski, começou a movimentá-lo na cama com uma corda, após tê-lo medicado com Diazepan.

Outro ponto importante é de que o Instituto-Geral de Perícias confirmou que o remédio foi identificado na urina de Rafael. O delegado reitera que ao que tudo indica a morte se deu por asfixia mecânica. E, caso se confirme a veracidade da narração dos fatos, ele morreu no trajeto de tração da corda entre a cama e a porta da casa, afirma o delegado.

A reprodução remontou todas as ações da família naquela noite a partir do momento em que Rafael foi para cama. Alexandra descreveu todos os passos que deu na madrugada de 15 de maio, quando o menino morreu. Seu corpo foi encontrado 10 dias depois.

Entre o período das 18h às 21h, Alexandra foi entrevistada por peritos do IGP na delegacia. O filho de 17 anos também foi ouvido no local, acompanhado do Conselho Tutelar. No segundo momento, entre 21h e meia-noite, a mãe foi levada até a casa onde o vivia com Rafael e o filho mais velho. Por três horas, ela precisou mostrar aos peritos como o crime aconteceu, de acordo com a sua versão.

Um dos momentos mais sensíveis e tensos da perícia foi quando a mãe saiu da casa e mostrou aos investigadores como arrastou o filho até a residência vizinha e o colocou em uma caixa de papelão. Para recriar o ambiente da noite do fato, o pátio estava completamente escuro e quem acompanhava, em silêncio. Inclusive a Polícia Civil solicitou que todas as luzes das câmeras de vídeo e fotografia fossem desligadas, e para que a imprensa se mantivesse em silêncio, para não atrapalhar as atividades.

De acordo com Eibert, há pequenas divergências em relação a reprodução e o primeiro interrogatório da mãe que serão esclarecidas no decorrer do inquérito, principalmente no que diz respeito à forma como ela carregou o menino. Os investigadores também entenderam que não era necessário o adolescente, irmão de Rafael, participar da simulação.

Em virtude da complexidade da perícia, o Instituto Geral de Perícias prevê que os laudos poderão levar mais de 30 dias para serem concluídos.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí