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As 5 frases mais marcantes do discurso de posse de Eduardo Leite

2 de janeiro de 2019

Às 16h12min desta terça-feira (1º), tomou posse na Assembleia Legislativa o novo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite, 33 anos. O mais jovem chefe de Estado do país recorreu de 26 minutos em seu primeiro discurso oficial como governador empossado. Fala, que caso permita ser resumida em uma palavra seria “união”. Como estadista, Leite discursou ignorando diferenças e divergências e preferiu enfatizar a importância da convergência de todos, sem exceções, a um único propósito, em benefício do Rio Grande do Sul. Para não dizer que não falou sobre partidarismo, citou o seu partido PSDB indiretamente ao proclamar que a social democracia não morreu, como muitos diziam. Confira abaixo, cinco frases destacadas do discurso durante a cerimônia de posse em Porto Alegre.

“Nós não estamos vivendo apenas uma era de mudanças, estamos vivemos uma mudança de era.”
Primeiro, Leite fez questão de chamar a atenção para as mudanças no contexto histórico atual. Ao parafrasear o futurista gaúcho Tiago Matos, o governador destaca que o mundo está mudando em diversas áreas, como economia, política, cultura, costumes e relações sociais, inclusive ressalta as mudanças estabelecidas nas urnas com as renovações recordes nos cargos legislativos e novos líderes no executivo. Ressaltando a importância de modernização do modo de governar, Leite diz que é importante ter novos olhos para o futuro. “Não podemos mais ficar parados no tempo. Porque, meus amigos, nós sequer temos mais tempo”, frisou. Em razão das mudanças, o governador entende que é necessária uma nova equação política, que gire em torno do progresso e do bem comum.

“Não é justo que o esforço seja só de alguns, quando todos compartilham do mesmo território e da mesma realidade. Executivo, Legislativo, Judiciário, servidores, empresários, profissionais, liberais, estudantes, cidadãos, cidadãs… Nenhum destes é uma ilha.”
Com tom firme, Eduardo Leite refere-se ao fato dos servidores do Executivo receberem salários parcelados, enquanto outros setores não são afetados de tal maneira. Nesse ponto, o governador chama a atenção para a crise financeira do Estado e apela para que todos os poderes se unam para em conjunto com o governo superar este problema. Destaca ainda a partir desta frase que ninguém no Estado pode ficar alheio à realidade, como se a crise não o atingisse.

“Chega de criar raízes na discórdia. Quando nós podemos fazer da convergência uma alavanca de desenvolvimento pra todos.”
Continuando com o lema de união, Leite defende que é essencial para o futuro do Estado deixar de lado as diferenças e focar nas ideias de concordância.

“É a hora de romper de vez com a polarização inútil, com o confronto vazio, com a ideologização das pautas, como se, por exemplo, cultura fosse de esquerda e eficiência de direita.”
Em uma alusão a divisão do Brasil, estabelecida principalmente após as eleições de 2014, e que marcou a disputa presidencial no ano passado, Eduardo Leite se posiciona como um elo que possa unir os dois lados divergentes em torno de temas em comum, sem rotular iniciativas ou ideias.

“Eu não quero ter razão. Eu não quero autoria. Eu não preciso de elogios. Eu quero que os gaúchos melhorem de vida.”
Por fim, o discurso de Eduardo Leite faz questão de ressaltar que não vai governar sozinho e não vai personificar uma ideia ou iniciativa. O objetivo é criar uma gestão plural, o que já está presente em sua equipe de secretários, representando diversos partidos e com muitas mulheres, se comparado a outros governos. Nesse ponto, também cabe ressaltar que o próprio Eduardo Leite ressalta que deve ficar apenas 4 anos no cargo e não manifesta o desejo de reeleição, assim como fez na prefeitura de Pelotas.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí/Foto: Karine Viana/Palácio Piratini