A agricultura sente diretamente os impactos das intensas chuvas do momento. Em Ijuí o plantio da soja está parado em cerca de 8%. Dos 40 mil hectares projetados para a safra 2019/2020, até agora houve cultivo de aproximadamente cinco mil hectares.
Conforme o agrônomo do escritório municipal da Emater de Ijuí, João Buratti, nesta mesma época, ano passado, o plantio da soja estava em quase 50%. O agrônomo comenta que em várias lavouras há registro de morte de plantas de soja e problemas de germinação, justamente devido ao excesso de umidade.
João Buratti acredita que existe a necessidade de replantio de soja, por conta desses problemas. O excesso de chuva também prejudica as culturas de inverno que ainda precisam ser colhidas. Em Ijuí, resta em torno de 10 a 15% do trigo nas lavouras. Esse percentual apresenta sérios problemas em termos de qualidade, pois as chuvas reduzem drasticamente o PH do cereal.
O levantamento mais recente aponta rendimento médio do trigo, em Ijuí, de 55 sacas por hectare, mas agora pode diminuir em razão dos prejuízos com as precipitações climáticas. Além disso, em Ijuí também há pequeno percentual de canola para colheita.
No total, o escritório municipal da Emater de Ijuí já recebeu 22 pedidos de Proagro, visto problemas climáticos. A maioria dos Proagros é para o trigo, mas também existem solicitações em razão de perdas na aveia e canola. Os prejuízos também foram provocados por geadas, logo após a implantação das culturas.
Chuvas
Dependendo do local, o acumulado de chuvas desses primeiros dias de novembro já chega próximo ou ultrapassa a media para o mês em Ijuí e região. No Irder, órgão ligado à Unijuí, e sediado em Augusto Pestana, limite com Ijuí, de primeiro de novembro, ou seja, última sexta-feira, até ontem, choveu 117 milímetros. A média para o mês é de aproximadamente 160 milímetros.
Já o escritório municipal da Emater de Ijuí contabiliza, nos primeiros sete dias de novembro, em torno de 220 milímetros na cidade.