Por se tratar de transporte terrestre, o aumento do diesel deixa mais caro o frete o que faz elevar os preços que seriam repassados à população. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Rio Grande do Sul, Afrânio Kieling, como o transporte tem várias etapas, o aumento dos preços sofre um "efeito cascata".
"No custo de cada um, tem todas as fases do processo até o produto chegar à nossa mesa. Então tem transporte, feirante, supermercado, distribuição, lavagem e conservação, câmaras frias… tudo é consequência. É um processo enorme, não é uma operação pequena, é complexa. Então, se aumenta 4%, tem aumento em cascata para cada um recompor o seu custo daquele produto", afirma Kieling.
Para itens da cesta básica, como arroz e feijão, o frete representa 40% do preço final. Assim, quanto mais viaja pra chegar até a o consumidor, mais caro fica o alimento. Maracujá, morango e abacate chegam de Minas Gerais, a 2 mil km do Rio Grande do Sul. O abacaxi é transportado da Paraíba, a 3,6 mil km, e o melão, do Ceará, é levado por 4 mil km.