O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) trabalha em duas frentes para apoiar os diferentes níveis da economia neste período de crise financeira, provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Durante entrevista na manhã de hoje (15) na RPI, o Gerente de Planejamento da AGRS/BRDE, Alexandre Nunes Leitzke, disse que uma das linhas de ação é o fornecimento de capital de giro para as empresas sobreviverem neste momento de fechamento ou funcionamento parcial do comércio. Em outro âmbito, o BRDE atua para reforçar parcerias para retomar a atividade econômica.
O gerente frisou que existem linhas de crédito a longo prazo, por exemplo, para compra de maquinários, inovação, dentre outros investimentos. O prazo para pagar os financiamentos giram em torno de cinco anos, com carência de ate dois anos, e juros entre 9 e 10,5%.
Alexandre Nunes Leitzke destacou que até o agronegócio pode se beneficiar dessas medidas e há muita demanda por crédito no momento.
No geral, existem três linhas de financiamento, ou seja, para empreendimentos com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões; também de R$ 4,8 milhões até R$ 300 milhões, e acima deste valor. Para valores mais baixos, por exemplo, de R$ 5 mil a R$ 400 mil, o BRDE possui parceria com instituições financeiras que liberam esses recursos, como forma de agilizar o processo.
O gerente ainda antecipou que o BRDE vai lançar um projeto de apoio de gestão para a chamada economia criativa, ou seja, startups, micro e pequenas empresas. A tendência é que até junho desse ano sejam feitas as inscrições para selecionar cerca de 30 empresas, que receberão orientações, especialmente empreendimentos que estão surgindo.
Além do trabalho do BRDE há várias outras iniciativas projetadas no momento como alternativa para manter a economia aquecida. Uma delas é da Emater, que lançou a Feira Virtual da Agricultura Familiar. A Fevaf proporciona que agroindústrias e agricultores familiares do Rio Grande do Sul se cadastrem para informar os produtos e contatos aos consumidores.
A lista vai ficar disponível no site emater.tche.br. Nesse primeiro momento, para se inscrever, os interessados devem procurar os escritórios da Emater nos municípios onde residem. Porém, já existe esforço para aprimorar a ferramenta virtual e propiciar que o cadastro seja feito pelos produtores diretamente no site da Emater.
Conforme Silvana Mattos, do escritório regional da Emater, com sede em Ijuí, a feira virtual não possibilita vendas pelo site, ou seja, não é e-commerce, mas apenas informa os contatos e produtos. A ferramenta virtual oferece cadastro, por exemplo, de panificados, geleias, queijos, dentre outros.
Silvana Mattos comentou que por enquanto o sistema vai funcionar enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus, mas há projeção de manter