Busca rápidaX

Cachorros carregam ferramentas e ajudam dono de oficina durante o trabalho em Restinga Seca

22 de novembro de 2019

Três cachorros fazem sucesso em Restinga Seca, cidade de cerca de 15 mil habitantes, na Região Central do Rio Grande do Sul, desde que ficaram conhecidos por ajudar o dono, que é mecânico, no trabalho diário na oficina.

Os animais aprenderam a buscar as ferramentas que seu Ernesto pede, além de obedecer outros comandos, como ligar e desligar algum aparelho. E eles atendem em português e alemão. “É uma lição a cada dia”, emociona-se Ernesto Schwert. “O pessoal chora quando vê”, conta.

Hoje, já são experientes. Mas tudo começou com o cão mais velho, o Bidu, que tem 12 anos e é uma mistura de Rottweiler com Golden Retriever. Quando ele era filhote, seu Ernesto ficou sem ajudante na oficina. Os três filhos dele já haviam crescido e saído de casa. Então, o animal de estimação, presente de um amigo, virou o melhor companheiro dele.

A Diana é irmã do Bidu, mas nasceu depois, de outra cria. E o Fritz é filho do Bidu com uma cachorrinha sem raça definida. Os dois aprenderam com seu Ernesto e com o cão mais velho as lições dentro da oficina. Eles começaram aprendendo os nomes das ferramentas. Hoje, já sabem até diferenciar cores. 

“Diana, liga o compressor!”, pediu o mecânico. A cachorrinha obedeceu e puxou uma cordinha, que ligou o equipamento. “Vai lá, desliga. Muito barulho”, disse ele, em seguida. Diana desligou. “Muito obrigado”, agradeceu seu Ernesto.

‘Milagre’

Seu Ernesto está com quase 70 anos de vida. Ele lembra bem de um susto que levou com Bidu, quando o cão ainda era filhote. Um veterinário diagnosticou um problema no coração dele, e avisou que não viveria muito tempo. Para tentar diminuir os sintomas, deveria fazer exercícios.

Dentro das atividades, ele começou a carregar objetos. “Olha só a caixa torácica que ele criou carregando macaco e baldes de água. Na pescaria ele carrega remo. Ele não deixa eu caminhar no pomar ou no jardim com alguma ferramenta na mão, ele pega para carregar sempre. Ele é muito solícito. E ele quer agradar também! É assim que a gente aprende a viver com mais amor”, diz Ernesto. E Bidu resistiu bem ao problema no coração. “É um milagre”, define o dono.

Fonte: G1