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Caso Maria Eduarda: “Eu nunca ouvi tanta mentira”, afirma promotor sobre réu em interrogatório

17 de novembro de 2021

O júri do caso Maria Eduarda Zambon está em andamento em Catuípe. Segundo a investigação policial, a adolescente foi estuprada e assassinada. 

Maria Eduarda residia no interior de Catuípe e, em 29 de março de 2019, aguardava pelo transporte escolar — oferecido pela prefeitura — em frente à residência da família. Conforme a acusação, naquele dia, o motorista apareceu no local usando o seu carro particular.
Depois disso, a vítima desapareceu no trajeto para a escola. O corpo foi encontrado um dia depois em um matagal com sinais de estrangulamento e de violência sexual.

Durante a manhã desta quarta-feira, foram ouvidos os policiais que localizaram o corpo da menina. A primeira a responder os questionamentos da defesa e da acusação foi a soldado Ana Greice Schumann. 

Posteriormente, foi ouvido sargento da reserva, Jair José Scola, que também estava trabalhando quando do encontro do cadáver. Depois, o agricultor Urbano Belinaso foi ouvido. O júri segue durante a tarde desta quarta-feira. Pedro Alberto Zimmermann, de 54 anos, está sendo acusado de estupro, feminicídio e ocultação de cadáver. Em depoimento, ele negou o crime. Afirmou que enquanto estava levando Maria para a escola, um motociclista os ameaçou e eles fugiram em direção a um mato. Disse ainda que a menina passou mal e ele tentou reanima-la. Ainda, conforme depoimento, Zimmermann disse ter se sentido desesperado e tentado o suicídio com uma facada no pescoço. 

Na parte destinada ao debate, o promotor Caio Isola de Aro disse que “em nove anos de justiça criminal, nunca ouviu tanta mentira em um interrogatório”.

O júri está sendo presidido pela juíza que preside a Comarca de Catuípe, a doutora Rosmeri Oesterreich Krüger. Atua na defesa o Advogado Dr. Clóvis Edivon Willms. 

Fonte: Foto: Águas Claras