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Convidado por Bolsonaro para missão humanitária no Líbano, Temer só pode sair do país com autorização judicial

9 de agosto de 2020

O presidente Jair Bolsonaro participou, na manhã deste domingo (9), de uma videoconferência com outros chefes de Estado e de governo para tratar das ações de apoio ao Líbano. Na última terça-feira (4), uma grande explosão na zona portuária de Beirute, capital do país, deixou um saldo de centenas de mortes e milhares de feridos. Ao detalhar as ações do governo brasileiro, Bolsonaro disse que convidou o ex-presidente Michel Temer, que tem ascendência libanesa, para coordenar a missão.

“Nos próximos dias, partirá do Brasil, rumo ao Líbano, uma aeronave da Força Aérea Brasileira com medicamentos e insumos básicos de saúde, reunidos pela comunidade libanesa radicada no Brasil. Também estamos preparando o envio, por via marítima, de 4 mil toneladas de arroz, para atenuar as consequências da perda dos estoques de cereais destruídos na explosão. Estamos acertando, com o governo libanês, o envio de uma equipe técnica, multidisciplinar, para colaborar na realização da perícia da explosão. Convidei, como o meu enviado especial e chefe dessa missão, o senhor Michel Temer, filho de libaneses e ex-presidente do Brasil”, afirmou Bolsonaro.

Em nota, a assessoria de Temer informou que o ex-presidente “está honrado” com o convite. “Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa”, diz a nota.

Porém, o ex-presidente Michel Temer está proibido de deixar o Brasil sem autorização judicial. O ex-mandatário é acusado de corrupção passiva e outros crimes no âmbito da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Ele chegou a ser preso preventivamente duas vezes, em março e maio do ano passado.

Na última vez, o ex-presidente foi libertado depois que a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, trocar a prisão preventiva por medidas cautelares — entre elas, a proibição de deixar o país sem autorização judicial.

Fonte: Agência do Governo Federal - Brasil e Globo.com.