Hoje foliões já se reúnem para comemorar uma das festas mais aguardadas do ano. O carnaval de 2020 mais uma vez promete reunir integrantes de blocos de toda região em Ijuí.
Com o objetivo de estabelecer as diretrizes para o carnaval deste ano, a Coordenadoria da Mulher de Ijuí lançou na semana passada uma campanha contra o assédio às mulheres, denominada “Não é não”. A iniciativa busca conscientizar os foliões sobre o que configura um assédio e quais as medidas devem ser tomadas nesse caso.
Segundo a titular da Coordenadoria da Mulher, Noemi Huth, o principal objetivo da campanha é prevenir e orientar sobre a questão do assédio, por isso, segundo ela, a frase norteadora da campanha é ‘não é não, assédio é crime, não se cale”.
Segundo a coordenadora a ideia é que, se houver casos de assédio, a mulher sinta-se segura para fazer a denúncia, e entenda a diferença entre paquera e assédio. Ela afirma que tudo que for forçado e qualquer ação feita sem consentimento, já é considerado assédio.
A ação tem parceria do Poder Executivo e Ministério Público, além de toda rede de proteção às mulheres.
A titular da Coordenadoria comenta que nos últimos anos tem aumentado o número de denúncias pro abuso, não somente nesse período mas durante todo o ano. A coordenadora acredita que o acréscimo representa que as mulheres estão tendo mais coragem na hora de fazer a denúncia, bem como o maior acesso à informação.
Em caso de abuso, Noemi lembra quais os caminhos para a denúncia, como por exemplo, através do telefone 180 é possível fazê-la de forma anônima. A Brigada Militar também pode ser acionada no ato do abuso, através do 190, bem como a Delegacia de Atendimento a Mulher no (55) 3331-9750. Além disso, o celular da Coordenadoria da Mulher está sempre disponível através do número (55) 99730-2266, ou o Conselho Tutelar, através do (55) 3331-8870, ou ainda pelo plantão (55) 98451-1029.
Em casos que vão além do abuso, como estupro, Noemi afirma que a primeira preocupação é em cuidar da saúde da mulher. Por isso, a orientação é de que antes de correr atrás das medias legais, a vítima receba atendimento médico, para em seguida chamar a polícia ou ir até uma delegacia.
A Coordenadoria da Mulher chama atenção ainda para outro detalhe: que em caso de abuso ou estupro, as pessoas evitem julgar a vítima. Segundo a titular da pasta, a preocupação deve ser em acolher e fazer os encaminhamentos necessários.