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Copa América sem torcida e estádios lotados na Eurocopa: a situação da pandemia na Europa e no Brasil

23 de junho de 2021
(Rio de Janeiro - RJ, 07/07/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a final da Copa América 2019, entre as seleções do Brasil e Peru..Foto: Carolina Antunes/PR

Saiba por que o público está liberado no torneio europeu, enquanto as seleções sul-americanas disputam os jogos sem torcida

A Copa América e a Eurocopa, que estão sendo disputadas atualmente, expõem as duas realidades que a América do Sul e a Europa vivem com relação à pandemia da covid-19. Nos países europeus, a vacinação contra a doença já evoluiu a ponto de ser permitida a presença de torcida nos estádios – no caso da Hungria, com lotação máxima.

Enquanto isso, o Brasil, que sedia a Copa América, vacina seus cidadãos em um passo mais lento. Além disso, o país possui, hoje, um dos mais altos índices de contaminação do mundo. Esses fatores tornaram inviável a presença de torcedores nos jogos do torneio sul-americano de seleções.

Privados de ir aos estádios, os fãs compensam acompanhando as partidas pela TV e dando seus palpites nos sites de aposta. Ao fazer um cadastro no bet365, o usuário tem acesso a informações sobre os campeonatos, agenda dos próximos jogos e quais times são os favoritos.

A Eurocopa está sendo disputada em 11 cidades-sede espalhadas pelos países membros da Uefa (federação europeia de futebol), ao invés de se concentrar em um ou dois países-sede. O principal palco da competição é a Arena Wembley, em Londres, para onde estão previstas as semifinais e a final do torneio.

O Reino Unido foi o primeiro país a iniciar a vacinação em massa da população, no início de dezembro, e, desde então, tem funcionado como um exemplo de imunização adiantada. Até esta segunda-feira (21), 63% dos britânicos haviam recebido ao menos uma dose de vacina contra a covid e 46% estavam totalmente imunizados.

Mesmo contando com uma das melhores campanhas de vacinação, o Reino Unido está sofrendo uma aceleração no número de infecções graças à variante delta, originada na Índia, que é mais contagiosa. Diante desse cenário, a Uefa estuda mudar as finais para uma cidade mais segura. A capital da Hungria, Budapeste, é a principal candidata.

Em Budapeste, está liberada a lotação total da Arena Puskás – enquanto em Wembley apenas 25% das cadeiras podem ser ocupadas. Nesta segunda-feira, o Reino Unido tinha uma média móvel 135 novos casos de covid por dia em cada milhão de habitantes. Na Hungria, a média móvel era de nove. Na União Europeia, da qual faz parte a Hungria, 29 novos casos por dia em cada milhão de habitantes.

Com relação à média móvel de mortes, o Reino Unido leva a melhor em relação ao bloco europeu, com uma média móvel de 0,15 morte em cada milhão de habitantes nesta segunda-feira. Na União Europeia, a média era de 0,86.

Quando os dados da Europa são comparados aos do Brasil, fica clara a mudança de cenário. Até esta segunda-feira, 29% dos brasileiros haviam recebido ao menos uma dose de vacina contra a covid, e apenas 11% estavam totalmente imunizados contra a doença. A média móvel de novos casos era de 346 por dia em cada milhão de habitantes, e a média de mortes, de 10 por dia em cada milhão de habitantes.

As regras da Eurocopa

Em geral, os requisitos para que os torcedores possam entrar nos estádios onde são disputados os jogos da Eurocopa ficam a cargo da legislação local. A Uefa publicou uma série de regras, como a obrigatoriedade do uso de máscara, distanciamento de 1,5 metro, sentar apenas nos assentos marcados como utilizáveis e evitar contato físico. Porém, como pode ser ao assistir às partidas pela TV, as regras estão sendo amplamente ignoradas.

Na grande maioria das 11 cidades-sede, está sendo exigido, por parte do poder público, teste PCR negativo para covid, certificado de vacinação ou certificado de anticorpos contra a doença. Sevilla (Espanha), São Petersburgo (Rússia) e Baku (Azerbaijão) não fazem essas exigências. Em Budapeste, cidadãos húngaros só podem entrar se estiverem vacinados, mas estrangeiros com PCR negativo são liberados.

A capital húngara é a única cidade-sede que permite a lotação total do estádio. Em Munique (Alemanha), a lotação permitida é a menor da Eurocopa: apenas 20%.