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Coronavírus: 24% dos pequenos negócios pesquisados pelo Sebrae RS se ajustam à crise

6 de maio de 2020

A Pesquisa Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada semanalmente pelo Sebrae RS, entre os dias 03 e 30 de abril, traz um dado que pode indicar um novo posicionamento dos empreendedores neste cenário ainda muito incerto. Nesta quarta semana, o levantamento mostra que 24% dos empresários consultados informam terem sido afetados positivamente pela crise, uma alta de oito pontos percentuais ante os 16% do período anterior.

Além disso, o estudo revela que houve uma leve redução do número de empresários que se dizem afetados negativamente por conta das restrições de funcionamento e do distanciamento social, chegando a 70%, menor percentual desde que a pesquisa começou a ser realizada, com redução de sete pontos percentuais em relação à semana anterior.

“Passados quase 40 dias do início da pandemia, os empreendedores estão mostrando sua criatividade, ajustando seus modelos de negócios e buscando alternativas para enfrentar o momento atual. A leve melhora em alguns indicadores da pesquisa é sinal de que muitos empresários estão se reinventando e reaprendendo a empreender, como resposta ao distanciamento social, às restrições de funcionamento dos estabelecimentos e aos novos modos de consumo surgidos com a crise. À vista de um horizonte ainda nebuloso, renovamos nossa crença no espírito de luta do empreendedor, que não se entrega às dificuldades e mantém acesa a chama da superação”, declara o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.

Para os próximos 30 dias, 71% dos empreendedores pretendem manter (44%) ou reposicionar (27%) os negócios por conta das mudanças no comportamento dos consumidores, refletindo a capacidade dos pequenos negócios em reagir rapidamente às dificuldades impostas pelas medidas de controle da pandemia.

Com relação às ações priorizadas pelos empreendedores durante o mês de abril para conter os impactos negativos da crise, permanecem em destaque a renegociação com fornecedores, a busca por financiamentos, os ajustes nas atividades da empresa (horário, vendas online, teletrabalho) e a gestão da equipe (revezamento, férias, redução). Na 4ª semana, observa-se um aumento no movimento de ações que sinalizam a retomada dos negócios, considerando que os decretos governamentais liberaram (com restrições) algumas atividades. São elas: abertura dos estabelecimentos, com redução do horário de funcionamento; ampliação das vendas online; implantação do teletrabalho; estabelecimento do revezamento da equipe.

A pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios é construída em colaboração com os clientes dispostos a informar ao Sebrae os principais dados referentes ao impacto da crise no seu negócio, e apresenta o compilado das quatro semanas, referente ao mês de abril de 2020.

Confira todos os dados:

Impacto nos pequenos negócios

Negócios afetados

● 70% negativamente

● 24% positivamente

● 6% não está sendo afetado

Faturamento

● 91% diminuiu

● 6% permaneceu igual

● 3% aumentou

Perda no faturamento

● 62% maior do que 50%

● 10% de 41 a 50%

● 8% de 31 a 40%

● 9% de 21 a 30%

● 5% de 11 a 20%

● 3% de 6 a 10%

● 1% até 5%

Sobre o negócio

● 44% pretende manter

● 27 % reposicionar

● 19% reduzir

● 4% expandir

● 6% encerrar

Média de pessoas ocupadas

● 7 na primeira semana

● 8 na segunda semana

● 6 na terceira semana

● 6 na quarta semana

Fecharam temporariamente

● 51% na primeira semana

● 54% na segunda semana

● 46% na terceira semana

● 53% na quarta semana

Necessidades

● 56% capital de giro

● 43% isenção de impostos e taxas

● 31% alternativas para diversificar produtos/serviços

● 31% carência para pagamento de fornecedores

● 26% adequação de custos

● 24% orientação sobre finanças

● 20% carência para pagamentos de fornecedores

● 10% orientação sobre assuntos trabalhistas

Fonte: Sebrae RS