Conhecedor da situação da saúde dos índios não só no Rio Grande do Sul mas no Brasil, o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro e indígena e professor da PUC, Edison Hutner, falou à redação da Rádio Progresso sobre a preocupação com a propagação do coronavírus nas aldeias indígenas do estado.
Segundo ele, muitos integrantes das aldeias precisam se deslocar até os centros para a venda de artesanato, e, se algum índio se infectar com o coronavírus e levá-lo às aldeias, a propagação bem como a dificuldade em contê-lo será muito maior.
“Sabemos da falta de recursos para atender essa população, e precisamos sim nos preocupar e dar a devida atenção aos índios do Rio Grande do Sul e do Brasil” enfatiza o professor, que está preocupado com a falta de sensibilidade, também, por parte dos órgãos federais, que não emitiram nenhuma portaria para proibir a saída dos índios.
Neste sentido, a orientação do coordenador é para que os índios evitem deixar suas aldeias, e sigam rigorosamente as orientações repassadas à população em geral.
A orientação do professor, caso algum índio sinta sintomas parecidos com os do coronavírus, é para que imediatamente procure a Secretaria de Saúde do município, que vai tomar as medidas necessárias.