A decisão pelo fechamento das agências teria sido aprovada pela diretoria da estatal e pelo Conselho de Administração no começo deste ano. Segundo a publicação, a lista traz agências com faturamento significativo, como é o caso de Minas Gerais, onde 14 das 20 agências mais rentáveis deixariam de funcionar. Já em São Paulo, 167 agências encerrariam as atividades.
Ainda de acordo com a coluna, a medida causa polêmica dentro dos Correios, pois haveria desconfiança de que a decisão teria sido tomada com o objetivo de beneficiar agências privadas franqueadas, que assumiriam o atendimento aos clientes em locais próximos aos postos fechados.
Em nota emitida neste sábado, o presidente dos Correios, Carlos Fortner, afirmou que a medida ainda está em fase de estudos e segue em análise dentro da empresa.
Leia a nota na íntegra:
A respeito da nota publicada na Coluna do Estadão neste sábado, 5, os Correios esclarecem que a empresa vem realizando estudos pormenorizados de readequação de sua rede de atendimento, o que inclui não apenas a sua rede física de atendimento como também novos canais digitais e outras formas de autosserviços.
Busca-se com isso não apenas a melhoria na qualidade e na experiencia do cliente, mas também maior eficiência na cobertura de mercado e a necessária racionalização de custos.
Frise-se que estes estudos são, inclusive, acompanhados pelo Tribunal de Contas da União, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Dentre os objetivos deste projeto está contemplada a modernização da empresa para torná-la mais ágil, competitiva e sustentável, gerando não apenas benefícios para a sociedade como também resultados para o seu acionista controlador: o Tesouro Nacional. É o mínimo que se espera de qualquer empresa que se proponha a prestar serviços de qualidade.
Especular prematuramente a respeito de números sem conhecer o projeto de remodelagem da rede de atendimento não é apenas irresponsável e leviano: é uma prestação, antes de mais nada, de um desserviço ao cidadão. As conclusões alcançadas pelos estudos necessários a este projeto somente serão divulgadas após a exaustiva avaliação interna dos Correios e externa pelos órgãos competentes, processo este ainda em curso.
Carlos Roberto Fortner
Presidente dos Correios