O Ministério da Saúde fará uma análise administrativa das denúncias apresentadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga os aumentos exorbitantes nos preços de medicamentos e insumos usados no combate à pandemia de Covid-19. A informação foi dada na quinta-feira (16), em Brasília, pelo ministro Marcelo Queiroga ao receber o relatório preliminar entregue pelo presidente Dr. Thiago Duarte (DEM), vice-presidente Clair Kuhn (MDB), relator Faisal Karam (PSDB) e integrante Any Ortiz (Cidadania).
Em entrevista à Rádio Progresso nesta manhã (20) o vice-presidente da comissão, Clair Kuhn disse que foram analisados mais de 90 hospitais do estado além das fabricantes e distribuidoras de medicamentos. Segundo o parlamentar, foram mais de 20 distribuidoras ouvidas, e dessas, 13 confirmaram a prática de preços acima da tabela estipulada pelo Ministério da Saúde.
Em visita ao Ministério da Saúde na última semana, Queiroga afirmou que o Rio Grande do Sul é o primeiro estado a do Brasil a abrir uma investigação e trazer provas consistentes que possibilitam a abertura de um inquérito. “Tudo está documentado e existem comprovações de que os hospitais ficaram reféns de vendedores e distribuidores” afirma Kuhn. Ainda durante entrevista, o vice-presidente da CPI Covid no RS afirmou que foi enviada à Assembleia Legislativa uma lei que proíbe que em época de pandemia indústrias vendam para distribuidoras, ou seja, a venda será permitida somente de forma direta aos hospitais. “A ideia foi muito bem recebida pelo Ministro da saúde! Finaliza o parlamentar.