Busca rápidaX

MANCHETES

Depósitos clandestinos de agrotóxicos falsificados são fechados em Ijuí e Cruz Alta

22 de junho de 2021

A Polícia Civil, através da Delegacia Especializada no Combate aos Crimes Rurais e Abigeatos (Decrab) de Cruz Alta, desencadeou a operação Alquimia com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada na fabricação e comercialização de agrotóxicos falsificados para várias regiões do país, inclusive para o Estado do Rio Grande do Sul. Estão sendo cumpridas 53 ordens judiciais de busca e apreensão, e cinco de mandados de prisões preventivas em 15 cidades (12 no RS) e em quatro estados (Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Bahia). Também houve bloqueio de contas e apreensão de veículos dos investigados. Apoiam a operação as polícias civis da BA, MT e SP, e Pelotão de Polícia Ambiental de Cruz Alta. A Polícia não repassa nomes, mas conforme o apurado pela reportagem Progresso, um dos chefes das ações na região seria Deoclécio Rudimar Heck, 40 anos, possuidor de uma extensa ficha criminal por envolvimentos em crimes rurais. Um caminhão e uma caminhonete foram apreendidos num depósito localizado no bairro Colonial, em Ijuí. 

A investigação realizada pela Decrab apurou que grandes carregamentos de agrotóxicos falsos, “fabricados” em Ribeirão Preto/São Paulo, onde reside a grande liderança da organização, eram transportados e armazenados nas cidades de Ijuí e Cruz Alta. Criminosos desta região se encarregavam de comercializar e repassar parte dos produtos para integrantes de outros locais do Estado. Estes produtos eram comercializados com agricultores a valores bem abaixo do valor de mercado. Quando aplicados na lavoura, por óbvio, não produziam o efeito desejado. Durante a investigação foram apreendidos produtos falsificados com integrantes do grupo nas cidades de Ijuí e Cruz Alta, além de terem sido apreendidos também com agricultores lesados. Amostras foram encaminhadas para análise das empresas fabricantes, sendo então constatada a total ausência do princípio ativo dos produtos. Um dos líderes da organização, preso no dia de hoje em SP, chegou a ser preso em flagrante em março de 2020 na cidade de Ribeirão Preto/SP com a descoberta de um dos seus laboratórios clandestinos. Foi solto na sequência, quando então pode retornar com as remessas.

As prisões preventivas foram decretadas em face das lideranças da organização, embora o número de integrantes seja maior. Muitos deles possuem antecedentes e estão envolvidos também com outras práticas criminosas: estelionatos, furtos e receptação de defensivos, contrabando, descaminho, crimes ambientais, associação criminosa, dentre outros.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí