Deputado Estadual Gerson Burmann diz que reforma tributária é ‘muito ruim’

O Governador Eduardo Leite (PSDB) entregou, nesta segunda-feira (10), à Assembleia Legislativa, os projetos que compõem a denominada reforma tributária no Estado do Rio Grande do Sul. Na visão do governo, as propostas apresentadas irão melhorar a vida dos gaúchos e aliviar, um pouco, o peso da alta carga de impostos pagas principalmente no consumo das famílias.

Para o Deputado Estadual Gerson Burmann (PDT) o raciocínio não é este. Em entrevista a Rádio Progresso nesta Terça Feira (11) o parlamentar denominou a ideia do governo de ‘muito ruim’. Para ele, só o aumento proposto nos itens da cesta básica, que passará de 7% para 17% até 2022, já destoa completamente com as propagandas do Governo.

Nesse índice, o Governador Eduardo Leite fala que o estado irá compensar, em dinheiro, as famílias que recebem até três salários mínimos, o que, segundo Burmann, não pode ser observado com bons olhos, visto que uma pessoa que receba mais que três salários mínimos por mês, não podem ser considerados ricos, disse.

Gerson Burmann frisou que esperava mais. Segundo ele, outra insensatez do governo é o aumento do IPVA que passará de 3% para 3,5% e ainda pagarão o tributo veículos com até 40 anos de fabricação. Burmann entende que a política não pode ser essa. Ele argumenta que o Governo do Estado precisa dar incentivos para que os motoristas emplaquem seus veículos no Rio Grande do Sul, e cobre também o mesmo imposto de Iates, Jet Skis, Barcos, Aviões e outros tipos de veículos que se entende por automotor.

Outra preocupação do Parlamentar Gaúcho é referente ao regime de urgência empregado no projeto. Com isso serão apenas 30 dias de tramitação até a votação das propostas. Gerson Burmann disse que esta é uma ferramenta utilizada por todos os governadores quando o assunto requer profundidade de análise.