— Ele, com certeza, vai rejeitar todos os pedidos — disse Perondi.
O peemedebista afirmou ainda que o questionamento de aliados é normal, mas que Temer é habilidoso no diálogo com parlamentares. Sobre o PSDB, especificamente, Perondi disse que "é óbvio que o partido tem dúvida, mas está firme no governo".
O vice-líder do governo na Câmara chamou o empresário Joesley Batista de "moleque" e "brasileiro escroto". Joesley Batista, um dos donos da JBS, gravou conversa com Temer em que o presidente teria dado o aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nas investigações da Operação Lava Jato.
— Ele é um moleque, um brasileiro escroto — disse Perondi, logo após o pronunciamento do presidente, que afastou a possibilidade de renúncia ao cargo.
De acordo com o vice-líder do governo na Câmara, Temer sequer cogitou a hipótese de deixar o posto.
— Parece-me que ele tentou comprar a República — acrescentou, buscando ligar Joesley aos governos do PT.
Perondi afirmou que o andamento das reformas trabalhista e da Previdência não muda e que elas são uma necessidade.
— Estamos quase chegando aos números para aprovar a reforma da Previdência na Câmara. Talvez as reformas ameacem os poderosos — afirmou.
Nesta quinta-feira mais cedo, porém, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) suspendeu o calendário da Reforma Trabalhista. A previsão era apresentar o relatório na terça-feira, 23.