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Deputados retiram quórum e adiam votação sobre indicações ao Banrisul pela terceira vez seguida

22 de maio de 2019

Pela terceira vez consecutiva, o governo Eduardo Leite teve seus planos frustrados na Assembleia Legislativa. Na sessão desta terça-feira (21), os deputados retiraram o quórum, derrubando a sessão e adiando a votação das indicações do governador para a presidência e direção do Banrisul. Por volta das 17h30min, apenas 25 parlamentares registraram suas presenças no plenário, o que não foi suficiente para manter os debates e a votação. Deputados de oposição e da base aliada, como os 8 parlamentares do MDB e mais 2 do PSB, decidiram não continuar a sessão.

A principal divergência dos deputados não é com os nomes indicados por Leite e sim com a informação de que o conselho do Banrisul aprovou um aumento de R$ 5 milhões por ano em recursos para pagamento de salários. Esta medida pode viabilizar um aumento de mais de 100% nos salários dos dirigentes do banco.

O líder do governo na Assembleia, deputado Frederico Antunes do PP, rebate os argumentos sobre os salários do presidente e diretores do Banrisul, pois este mérito não compete à Assembleia e sim à autonomia do Banrisul. O que os deputados devem ou não aprovar são os nomes indicados pelo governador.

No momento em que a sessão foi interrompida os deputados estavam encaminhando seus votos na tribuna, próximos da votação em si. São necessários 28 votos para a pauta ser aprovada. A queda do quórum também adiou a discussão sobre o reajuste de 3,4% do salário mínimo regional no Rio Grande do Sul. O governo Leite tem pressa para aprovar essas matérias para que consiga votar ainda antes do recesso parlamentar as propostas de privatização da CEEE, Sulgás e CRM. Estas pautas devem ser encaminhadas em regime de urgência e ainda não foram por causa dos deputados da base aliada. Eles pedem garantias sobre o que o Executivo vai fazer com o dinheiro das vendas e com os servidores que trabalham nas estatais. Uma reunião será realizada na próxima segunda-feira (27) entre os parlamentares e o secretário-chefe da casa civil Otomar Vivian para tratar o assunto.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí