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Dia Internacional da Não-violência contra a mulher: Ijuí registra 1.068 boletins de ocorrência de violência doméstica

25 de novembro de 2018

Com o objetivo de alertar a sociedade e debater sobre situações de violência recorrentes no dia-a-dia, é comemorado hoje (25), o dia Internacional da Não-violência contra a mulher. Criada em 1999 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a data é uma forma de homenagear duas mulheres, irmãs, que lutavam contra a ditadura na Republica Dominicana e, por isso, foram assassinadas.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP/RS), em 2018 foram registrados no Estado, 78 feminicídios e 217 tentativas. 1.442 mulheres foram estupradas e, quando falamos em ameaça, os números são ainda mais alarmantes. Até outubro deste ano, 30.916 mulheres sofreram algum tipo de intimação.

Os números, muitas vezes despercebidos por parte da população, refletem também em municípios como Ijuí. A Delegacia da Mulher registrou, até a presente data, 1.068 boletins de ocorrência de violência doméstica, 648 inquéritos policiais instaurados e nenhum feminicídio. Os principais crimes noticiados junto à delegação são: estupro de vulnerável, ameaça, lesão corporal, vias de fato, injúrias e perturbação.

De acordo com o Delegado responsável pela Delegacia da Mulher, Ricardo Miron, datas como a de hoje são de extrema importância para alertar a população sobre a violência contra a mulher e também para chamar a atenção às denúncias, que, segundo ele, devem ser realizadas caso ocorra agressão.

Miron destaca que os índices de violência contra mulher em Ijuí têm diminuído, com o exemplo de que, neste ano, foi registrado penas um homicídio. “Todo o acesso às informações que as pessoas têm hoje, assim como o trabalho que os estados e municípios fazem acerca do tema e que chegam até o público, com certeza são fatores determinantes para que os índices apresentem melhoras, porém, devemos trabalhar cada vez mais para buscar extinguir a violência contra a mulher”, conclui.

Fonte: Rádio Progresso