Busca rápidaX

MANCHETES

Disputa por pontos de tráfico faz violência crescer em Ijuí

28 de outubro de 2019
Capitão Gilmar Bischoff garante reforço no patrulhamento de áreas mais críticas.

A comunidade do bairro Colonial viveu momentos de pânico no último sábado. No início da tarde, uma briga generalizada resultou em quatro pessoas feridas por golpes de faca, além de um adolescente que foi atingido por disparos de arma de fogo. Mais tarde, um indivíduo foi preso por atirar contra outro homem, e no fim da noite um incêndio criminoso destruiu parcialmente uma residência onde, segundo a polícia, havia iniciado a confusão que resultou em cinco feridos.

A casa, localizada na Travessa Servidão, é a mesma onde uma mulher e seu pai foram assassinados a tiros no início do ano. Outro morador também sofreu uma tentativa de homicídio no local há duas semanas.

Em conversa com a reportagem da RPI, o chefe do policiamento ostensivo do 29º Batalhão de Polícia Militar, capitão Gilmar Bischoff, disse que todos os crimes estão relacionados ao tráfico de drogas, que passa atualmente por uma disputa de pontos de venda de entorpecentes.

“Mudaram a maneira de tentar buscar o controle do tráfico em Ijuí. Antes era mais pacífico e agora estão utilizando de muita violência. É algo que nos preocupa de maneira significativa, e temos mantido uma repressão policial muito forte, principalmente no bairro Luiz Fogliatto, onde ocorreram muitos crimes violentos nos últimos meses, e que agora migraram para o bairro Colonial. Mas temos a consciência de que, por melhor que seja o nosso trabalho, nós vamos conseguir diminuir mas jamais resolver definitivamente o problema do tráfico de drogas”, afirmou Bischoff.

Os problemas mais intensos, inclusive, se localizam na região Norte do município, nos bairros Colonial, Luiz Fogliatto, Getúlio Vargas e Alvorada. Por isso, a BM deve intensificar ações nestes locais nas próximas semanas, com o objetivo de reprimir ações criminosas.

Ainda de acordo com o chefe de policiamento do 29º BPM, o tráfico de entorpecentes é estruturado de dentro das cadeias. No caso específico de Ijuí não há, até o momento, a influência direta de grandes facções criminosas da região Metropolitana, mas os grupos criminosos locais têm operado na mesma sistemática.

“Hoje, o tráfico de drogas em Ijuí é comandado localmente por pessoas que já estão presas. Quem opera essa venda de entorpecentes trabalha para esses indivíduos presos, muitos dos quais já foram transferidos da Penitenciária Modulada, e estão em busca de dinheiro fácil”, disse o capitão Gilmar Bischoff.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí.