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Dívida do Rio Grande do Sul é 2,3 vezes maior do que arrecadação

27 de novembro de 2018

Dono de um dos quadros financeiros mais graves do País, o Rio Grande do Sul é o Estado com a segunda pior relação entre o que deve e o que arrecada. De acordo com estudo divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a dívida consolidada — que inclui precatórios e pendências da administração direta e indireta no país e no Exterior — voltou a crescer e superou em 2,3 vezes o valor da receita corrente líquida (RCL). Isto é, de tudo o que o governo contabiliza em tributos no ano, descontadas as transferências exigidas por lei (como repasses para municípios).

No Estado, apesar do trabalho do governador José Ivo Sartori, a adesão à Recuperação de Regime Fiscal (RRF), ainda não se concretizou. “O Rio Grande do Sul realmente tem uma situação um pouco mais delicada do que a média. É um caso complexo, principalmente porque o Estado tem dívida muito elevada e o percentual do gasto com servidores inativos é bastante expressivo”, avalia Mônica Mora, pesquisadora do Ipea e uma das autoras do levantamento.

Os números apresentados pelo instituto — de agosto de 2018 — indicam que o cenário se agravou em comparação com o último relatório anual  da dívida produzido pela Secretaria Estadual da Fazenda. Divulgado em junho, mostrou que, até dezembro de 2017, os débitos do Estado eram 2,19 vezes maiores do que a receita. De lá para cá, essa correlação não só se complicou, como o volume devido subiu: passou de R$ 76,7 bilhões para R$ 81,46 bilhões. Considerando a inflação, o aumento real foi de 3,25%. 

Fonte: editada de gauchazh.clicrbs.com.br