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MANCHETES

Em 15 dias, mais de 7 toneladas de alimentos impróprios são recolhidos no RS

28 de julho de 2018

 

A força-tarefa Segurança Alimentar, comandada pelo Ministério Público gaúcho, recolheu 7,1 toneladas de alimentos impróprios para consumo em três cidades gaúchas nas últimas duas semanas. As ações levaram à prisão do proprietário de um comércio de carnes, à interdição total de quatro estabelecimentos, à interdição parcial de outros dois locais, além de autuações.

Os promotores, policiais civis e agentes encontraram, entre outros problemas, ratos, alimentos podres, restos de material orgânico e sujeira nos estabelecimentos fiscalizados.

A última ação da força-tarefa ocorreu na terça-feira (24), em Dois Irmãos, no Vale do Sinos. Na cidade, três supermercados foram total ou parcialmente interditados por conservarem alimentos fora da temperatura adequada e sem procedência, com embalagens estragadas e produtos fora do prazo de validade.

Na semana anterior, comércios das cidades de Taquari e Estrela foram vistoriados. Em um dos estabelecimentos de Estrela, um rato morto e fezes de outros roedores foram encontrados. O local funcionava como um depósito irregular de carnes e foi interditado.

Também na cidade, o proprietário do Entreposto de Carnes Gauchinho foi preso por descumprimento das leis de consumo.

O promotor Alcindo Bastos, que coordena a força-tarefa, conta que situações de falta de higiene envolvendo ratos e baratas ocorrem com frequência.

— Questões de higiene também são bem recorrentes, com presença de insetos, aranhas, baratas em grande quantidade, roedores ou fezes de roedores. É um grande risco para quem consome, mas também para os funcionários dos estabelecimentos — destaca o promotor.

A fiscalização acontece desde 2016 e já passou por 90 cidades. Nesse período, segundo Bastos, já ficou provado que os problemas envolvendo conservação de alimentos e higiene são encontrados tanto em locais modestos, quanto em estabelecimentos sofisticados.

— Encontramos, infelizmente, problemas em todos os locais, independentemente do tamanho.  Muita coisa não é má-fé. Mas, assim como há comerciantes que vemos que é falta de orientação ou atenção, tem aqueles que trabalham de forma irresponsável visando ao maior lucro — observa.

A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO – Segurança Alimentar) do MP, com participação de representantes da Delegacia do Consumidor da Polícia Civil, da Vigilância Sanitária do Estado e dos municípios, da Secretaria Estadual de Agricultura e do Procon estadual.

Fonte: GaúchaZh