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Em Porto Alegre, Haddad critica vice de Bolsonaro: “ele que dê o exemplo e abra mão do 13º dele”

28 de setembro de 2018

Nesta quinta-feira, 27, o candidato a presidência do PT, Fernando Haddad cumpriu agenda no Rio Grande do Sul. Pela manhã, ele esteve em Caxias do Sul, na serra, a tarde participou de atos em Canoas e no centro de Porto Alegre. No início da noite, o candidato petista discursou no Largo Glênio Peres na capital, para milhares de pessoas. E aproveitou para fazer críticas ao vice General Hamilton Mourão, do PRTB, na chapa do adversário Jair Bolsonaro, do PSL. Durante palestra na CDL em Uruguaiana, Mourão afirmou que o 13º salário e o abono de férias são “jaboticabas” brasileiras e mochilas para o empresário. Haddad disse, indiretamente, que “o vice dele” dê o exemplo e abra mão do seu direito, antes de sugerir isso para o trabalhador, que recebe um salário mínimo. “Esses caras estão com a cabeça no século XIX. Nós já abolimos a escravidão. E eles não acordaram pra isso ainda.”

Mais cedo, durante ato em Canoas, Haddad criticou o sistema de juros cobrados pelo banco, enalteceu os avanços do governo do PT na área de educação, enquanto ele era ministro de Lula, e também mencionou indiretamente Bolsonaro. “Alguns querem colocar um relho em uma mão e o revólver na outra. Nós queremos colocar um giz em uma mão e um livro na outra”, comparou, sem dizer nomes. Ainda na área de educação, o candidato propôs que as escolas de ensino médio federais auxiliem as escolas de ensino médio de baixo desempenho para melhorar os índices de aprendizagem.

Depois de discursar em um carro de som na Praça da Bandeira, em Canoas, Fernando Haddad, acompanhado da candidata a vice, a gaúcha Manuela D’Ávila do PCdoB, do candidato ao governo do PT Miguel Rossetto, do ex-governador Olívio Dutra e mais diversos candidatos a deputados estaduais e federais do PT, foi até a estação Canoas do Trensurb, onde pegou o trem em direção ao centro de Porto Alegre no fim da tarde. Ao desembarcar na capital, o candidato petista visitou o Mercado Público, antes de discursar no Largo Glênio Peres.

Em rápido atendimento à imprensa, Haddad disse que a Emenda Constitucional 95, chamada de PEC do Teto dos Gastos Públicos tem que ser revogado. “Porque o país é inadministrável com essa política. Você não vai poder abrir uma escola, um hospital, contratar policial federal, como você faz? Tem que contratar, de acordo com a receita evidentemente, ninguém tá querendo ser irresponsável. Mas congelar o Estado por 20 anos dá a impressão de que está tudo resolvido”, explicou. O candidato disse também que vai retomar os investimentos do governo federal no sul do país, como por exemplo, o polo naval com demandas da Petrobras.

Haddad ainda afirmou que vai municipalizar o imposto federal Cide, Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico, que incide sobre o preço dos combustíveis, para transferir os recursos às prefeituras. “Esse dinheiro vai todo pro governo federal e estadual e os prefeitos não ficam com nada. Como é que o prefeito vai suportar o subsídio da tarifa se não tem uma fonte de receita? A Cide vai ser municipalizada para que as pessoas tenham uma alternativa de transporte barata. Eu mesmo em São Paulo tive que usar recursos do orçamento pra dar o passe livre para o estudante”, comentou.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí