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Energia solar fotovaltaica é alternativa para propriedades rurais em Santo Ângelo

24 de novembro de 2021

Fonte de energia limpa e inesgotável, a energia solar fotovoltaica avança em propriedades rurais do Noroeste gaúcho. A alternativa tem chamado atenção principalmente por promover economia nas contas de energia, aumentando a rentabilidade do agricultor. Neste ano, três agricultores de Santo Ângelo implantaram sistemas de energia solar, com apoio da Emater/RS-Ascar desde a busca de informações até a elaboração do projeto técnico.

A energia elétrica é produzida por painéis fotovoltaicos, capazes de transformar a luz solar em eletricidade. A partir do momento em que a energia elétrica é produzida nos painéis, pode ser armazenada em baterias injetadas diretamente na rede elétrica convencional. A energia gerada é cedida à distribuição pública através de um aparelho inversor. Estes sistemas podem ter diversas potências, funcionar em rede monofásica, bifásica ou trifásica. No meio rural têm sido aproveitados para diferentes atividades, desde energia para a própria residência, irrigação, sistemas de ordenha, secagem e armazenagem de grãos, estufas, criação intensiva de animais, agroindústrias, entre outros.

A extensionista da Emater/RS-Ascar Márcia Dezen explica que normalmente as placas são instaladas nos telhados das construções rurais, em área que incida luz solar o dia inteiro e em relação à indicação. “Cada caso é analisado conforme a viabilidade do sistema, em relação aos custos com energia da propriedade”, explica. Além de promover o acesso à informação em relação à tecnologia, a Emater/RS-Ascar auxilia na elaboração de projetos de crédito rural para financiamento dos sistemas.

O casal Gilmar e Schirley Mayer implantou o sistema em sua propriedade neste ano. Em pouco tempo já percebeu a diferença. O excedente da produção é compartilhado também com o filho Carlos Henrique, que assim como os pais, se dedica à bovinocultura de leite. “Decidimos implantar por causa do custo da energia, que é alto por causa da atividade leiteira, e a Márcia da Emater nos orientou em relação ao financiamento”, comenta Shirley. Com o projeto elaborado pela Emater/RS-Ascar, em pouco tempo conseguiu a liberação dos recursos via Banco do Brasil, onde foi financiado por 10 anos, com juros de 3% ao ano, pelo Pronaf Bioeconomia.

Logo após, o material foi adquirido e a empresa responsável efetuou a instalação das 18 placas fotovoltaicas, cada uma com capacidade de 325 W. Em 10 dias, a RGE já realizou a troca do medidor. Assim, a energia passou a ser gerada e contabilizada a partir do dia 17 de setembro deste ano.

Com a Resolução Normativa da ANEEL nº 482, é permitido ao consumidor gerar sua própria energia a partir de fontes renováveis e tornar-se também um fornecedor de energia elétrica à rede pública, ao fornecer o excedente de sua produção. É o caso dos Mayer, que participam deste sistema de compensação, em que toda a energia que é produzida será descontada em sua fatura, gerando renda e autonomia. “Agora neste mês de novembro foi a primeira vez que recebemos a conta depois da instalação, aqui é feita leitura a cada três meses. Ficamos muito contentes com o resultado. Da última vez tivemos uma conta de mais de 600 reais e agora contabilizando as duas casas deu 80 reais”, relata Schirley.

Além da economia na conta de energia elétrica, o produtor que adota a energia renovável em sua propriedade contribui com a diminuição dos impactos ambientais e com a preservação dos recursos naturais disponíveis.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí / Emater