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Entidades e poder público organizam pedidos para entregar à Ministra da Agricultura visto a estiagem

10 de janeiro de 2022

A semana começa com a expectativa da presença da Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que vai estar em Santo Ângelo, quarta-feira desta semana, pela manhã. A visita da Ministra se deve à estiagem, que causa prejuízos bilionários na área agrícola da região.

Entidades organizam pautas para entregar à Teresa Cristina. O presidente do Sindicato Rural de Santo Ângelo, Laurindo Roberto Nikititz, frisou que haverá solicitação, por exemplo, para ampliação de seguro aos segmentos de maquinários e armazenagem. Também deverá ocorrer pedido de prorrogação de financiamentos com mesma taxa de juros de quando houve contratação, ainda crédito suficiente para que os produtores possam implantar a safra de inverno deste ano com boa qualidade.

Já a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul quer, por exemplo, que o governo federal prorrogue o zoneamento agrícola para que os produtores possam plantar soja, ainda da atual safra, com cobertura de seguro. A Fetag ainda pede crédito emergencial para agricultores familiares e ao setor leiteiro, compra governamental de leite, liberação total da área financiada de milho para silagem e novo plantio da cultura, também prorrogação, sem juros, de prestações dos investimentos desse ano. Em relação ao governo estadual, a Fetag reivindica anistia do programa Troca Troca de sementes, bem como as forrageiras, e liberação imediata de dinheiro do programa Pró-Irriga, para irrigação.

O presidente do Sindicato Rural de Ijuí, Ércio Eickhoff, por sua vez, observa que nos últimos anos o agronegócio ajudou o governo federal, visto o bom retorno que deu em razão das safras, mas agora é momento do governo auxiliar os agricultores, visto as perdas ocasionadas pela seca.

Em relação a municípios, muitas pautas reivindicadas e que poderão ser repassadas à Ministra da Agricultura, quarta-feira, em Santo Ângelo, são semelhantes das entidades agropecuárias. Por exemplo, o presidente da Associação dos Municípios da Zona da Produção, e prefeito de São Pedro das Missões, Antônio Ferreira, disse que um dos pedidos é para o governo estadual decretar situação de emergência em todo o Rio Grande do Sul. Outra solicitação é que o governo Eduardo Leite priorize o repasse de recursos financeiros do programa Avançar no Agro para os municípios que decretaram emergência. Já na área da Amufron, Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa, a quebra no milho é de 60%, na soja, 30%, e no leite, 25%.

Hoje pela manhã, a Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul vai realizar reunião com todos os municípios para debater a falta de chuva. Na ocasião, a Famurs deverá defender liberação de recursos, linhas de crédito e o programa estadual Avançar na Agricultura. Somente dentre os 17 municípios da regional da Fetag, sediada em Ijuí, o prejuízo causado pela seca, apenas em pequenas propriedades, chega a um bilhão e 300 milhões de reais.

Fonte: Radio Progresso de Ijuí