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Espaço da Bovinocultura de Leite atrai produtores na Expointer

30 de agosto de 2018

A bovinocultura de leite é uma das atividades mais expressivas em todo o Estado, contribui para a geração de renda e para a qualidade de vida das famílias do meio rural, além de garantir a sucessão. A atividade tem grande destaque no espaço da Emater/RS-Ascar na 41ª Expointer, que acontece no Parque Assis Brasil, em Esteio, até o dia 02 de setembro. O espaço tem atraído produtores e interessados na atividade, que buscam novidades na área da bovinocultura leiteira.

Este ano, um dos destaques apresentado pela Emater/RS-Ascar é o trabalho para controle do carrapato. A técnica em agropecuária do município de Estância Velha, Mariane Mendes Lopes, e o médico veterinário de Santo Antônio da Patrulha, Alexandre Piccinini, explicam sobre o ciclo de vida desse parasita e as formas possíveis de controle. “Aqui no espaço, apresentamos um carrapatário, contendo uma leiva de grama que simula uma pastagem. Nesse ambiente, mostramos as larvas do carrapato, como elas se comportam na pastagem, explicando todo o ciclo do carrapato, até se fixarem no bovino”, explicou Mariane.

A partir da demonstração do ciclo do carrapato, os técnicos mostram como fazer o controle desse parasita, através do manejo das pastagens, com roçada e rotação nas áreas. “A grande incidência dos carrapatos está nas pastagens, em torno de 95%, e apenas 5% representa os parasitas que são visíveis no animal. Por isso, é preciso maior cuidado por parte do produtor. Com o controle preventivo, fazendo o manejo adequado, como manter o pasto roçado, com exposição ao sol, realizar o pastoreio rotativo, proporcionando períodos de descanso para a pastagem, é possível quebrar o ciclo do carrapato, diminuindo a infestação”, completou a técnica em agropecuária.

No estande, a equipe da Emater/RS-Ascar alerta ainda para os picos de incidência desse parasita, que são os meses de outubro e novembro, janeiro e fevereiro, abril e maio, além do uso correto dos carrapaticidas nesses períodos específicos. “Fazemos um alerta aos produtores, para que tenham cuidado ao usar os carrapaticidas, pois há confusão entre os princípios ativos e os nomes comerciais dos produtos, então é preciso cuidado na hora da utilização, evitando gerar a resistência do parasita ao produto”, argumentou Mariane.

A possibilidade de utilização do biocarrapaticidograma, um teste realizado para conhecer a sensibilidade da população de carrapatos presentes nas propriedades rurais aos carrapaticidas, também foi apresentado e explicado no espaço. Nesse processo, é feita a coleta das fêmeas ingurgitadas, que são enviadas para o laboratório. Dessa forma, é possível saber quais princípios ativos funcionam e quais já estão com resistência.

No espaço da bovinocultura de leite, outro tema destaque é a criação de terneiras, com enfoque no período de aleitamento. A orientação é para o uso de cabanas individuais. O estande apresenta uma cabana alternativa, de fácil manejo, leve para transportar e de fácil higienização. Segundo os técnicos, a cabana individual é a melhor opção para o produtor, para evitar, por exemplo, a mamada cruzada, que pode trazer prejuízos na vida adulta do animal. O ideal no processo de criação de terneiras é manter os animais em piquetes e cabanas individuais até os três meses, durante o período do aleitamento. A partir do terceiro mês, na desmama, é possível criar pequenos rebanhos e os animais começam a vida coletiva. Os cuidados com a alimentação, fornecimento de feno, pastagem e ração granulada de boa qualidade, também são explicados na estação.

Algumas variedades de pastagens, como o capim kurumi, estão sendo trabalhadas no espaço, com distribuição de mudas, além do material técnico informativo, uma parceria com a Embrapa. Uma novidade apresentada pela Emater/RS-Ascar este ano é a máquina para fazer silagem em saco. Os técnicos fazem a demonstração dessa tecnologia que é acessível à pequena propriedade rural, de baixo custo e muito eficiente, que atende as necessidades da atividade. A equipe trouxe materiais triturados, como batata-doce, mandioca e kurumi, para fazer a demonstração da silagem.

Fonte: Emater-RS/Ascar