Estado autoriza retorno obrigatório de alunos às aulas presenciais e Cpers manifesta contrariedade

27 de outubro de 2021

Escola de Ensino Fundamental Ruizinho de Ijuí

O governo do Rio Grande do Sul autorizou, nesta quarta-feira, 27, o retorno obrigatório às aulas presenciais para estudantes da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio nas redes estadual, municipais e privadas de ensino. Porém, ainda não há data para começar esse processo. A decisão foi tomada visto que os indicadores da Covid estão estáveis e a vacinação aumenta. No entanto, as escolas precisam garantir os protocolos sanitários. Em casos de excepcionalidade, como condições médicas específicas e comorbidades, vai ser autorizada a continuidade das atividades escolares do estudante em regime remoto.

A responsável pela Coordenadoria de Educação, com sede em Ijuí, Eveline Eberle, ressalta que é preciso aguardar detalhes de informações sobre o retorno obrigatório de alunos às aulas presenciais para se posicionar sobre as escolas estaduais da região de Ijuí.

Essa é a mesma posição do secretário de Educação de Ijuí, Cláudio da Cruz de Souza. Segundo ele, é necessário esperar pelo decreto do governo gaúcho com as orientações para esse retorno obrigatório seguro de todos os estudantes, visto a ênfase de levar em conta os protocolos para garantir a saúde dos alunos.

O Cpers/Sindicato, que representa professores e funcionários de escolas estaduais gaúchas, se manifestou contrário ao retorno obrigatório dos estudantes às salas de aula. Segundo a entidade, a medida representa imposição do Estado,  diante de um cenário de precariedade e sucateamento em inúmeras escolas estaduais, o que impede os educandários de cumprirem com os protocolos sanitários.

O Cpers entende que isso vai expor alunos, professores e funcionários à contaminação pela Covid. Além disso, argumenta que as crianças menores de 12 anos vão estar mais expostas, visto que para esta faixa etária ainda não há vacina disponível. A diretora do núcleo regional do Cpers, sediado em Ijuí, Teresinha Melo, por sua vez, destaca que até por ser fim de ano, fica difícil as escolas estabelecerem novos protocolos para receberem os alunos na totalidade, além de que, a Covid ainda existe.