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Exportações do agronegócio gaúcho crescem 5,7% no 3º trimestre

14 de novembro de 2019

O Departamento de Economia e Estatística divulgou nesta quarta-feira (13), em Porto Alegre, os dados atualizados sobre as exportações do agronegócio gaúcho. No terceiro trimestre de 2019, os embarques cresceram 5,7%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em números totais, o setor superou a marca de US$ 3,15 bilhões entre julho e setembro deste ano, enquanto em 2018 atingiu US$ 2,98 bilhões. O principal destaque foi o crescimento na exportação de carne, que subiu 61,7%, registrando o valor de US$ 458 milhões, aumento de quase US$ 175 milhões no período. Outro destaque positivo foi o fumo, que cresceu 45,5% no terceiro trimestre de 2019, com US$ 544 milhões, alta de US$ 170 milhões. Produtos florestais também registrou crescimento significativo: 69,4%, com alta de US$ 110 milhões no período. O principal item das exportações gaúcha, a soja, teve queda de 16,1% nas exportações entre julho e setembro, representando redução de US$ 282 milhões. Nos números absolutos, a soja segue como a maior exportação gaúcha, movimentando US$ 1,4 bilhão, o que representa 46,7% dos embarques do terceiro trimestre de 2019, no ano passado a representação foi de quase 59% do total de exportações.

A redução nas exportações da soja gaúcha é mais uma vez influenciada pela queda nos embarques para a China. O rebanho de suínos do país asiático foi afetado pelo registro da peste africana e sofreu forte redução, por isso a demanda pela soja, que serve de alimentação aos animais, também foi reduzida. O mesmo motivo causou o crescimento na venda de carne para a China, em razão da demanda interna em queda. Outros fatores que impactam positivamente nos resultados do terceiro trimestre gaúcho são a guerra comercial entre Estados Unidos e China e ainda a quebra na produção de soja argentina.

Em relação aos destinos dos embarques gaúchos, a China segue no topo do ranking com quase 50% do volume total de exportações e crescimento de 1,3% no terceiro trimestre de 2019. A União Europeia é o segundo destino mais frequente com 15,6% do total e crescimento de 18,6% entre julho e setembro, responsável pela maior alta em números absolutos: US$ 77,3 milhões. Com 4,1% e 3,1% do total de embarques, Estados Unidos e Arábia Saudita, respectivamente, tiveram crescimentos significativos no terceiro trimestre: 71,6% e 109,5%. Os norte-americanos importaram quase US$ 54 milhões a mais do Estado, com destaque para os tratores agrícolas, antes da guerra comercial importados da China, além de fumo não faturado e celulose. Para a Arábia Saudita, o principal destaque foi para o crescimento na exportação de carne de frango.

No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, as exportações gaúchas registram queda de 7,8%, o que representa US$ 707 milhões a menos em relação a 2018. No total, os embarques somaram US$ 8,4 bilhões A queda da soja é a mais impactante: 35,3% a menos, ou US$ 1,7 bilhão. Os destaques positivos do ano são produtos florestais (+58,8%) com alta de US$ 483,7 milhões, fumo e seus produtos (+33,3%) com aumento de US$ 334,9 milhões e carnes (+17,4%) com elevação de US$ 165,4 milhões.

O emprego formal no agronegócio gaúcho também apresentou queda no terceiro trimestre 2019, com perda de 9.054 postos de trabalho. No mesmo período do ano passado o saldo negativo foi de 6.750 empregos. No total, o Rio Grande do Sul é o quarto estado que mais tem empregos formais, com 320 mil postos de trabalho. Em relação aos setores, destaque para o saldo positivo na produção de lavouras temporárias com 715 novos empregos formais e saldo negativo de 9.358 postos de trabalho na fabricação de produtos do fumo, que impactam principalmente a região centro oriental do Estado. Na região noroeste do Estado, o saldo de empregos formais é positivo, com mais 265 postos. No acumulado do ano, o saldo gaúcho ainda é positivo, com mais 647 empregos formais, embora esteja abaixo do ano passado, que registrou até setembro 4.163 postos de trabalho. A região noroeste no acumulado do ano registra um dos saldos mais positivos, com mais 1.144 empregos, atrás apenas do nordeste, cuja alta é de 1.198 postos de trabalho.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí/Foto: Seplag/Divulgação