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Família de dentista encontrada morta diz que ela tinha depressão

15 de outubro de 2020
Foto: Rádio 14 de Julho

Depois do corpo da dentista Bárbara Machado Padilha, 32 anos, ter sido encontrado na tarde desta quarta-feira em uma área de mata fechada em Santa Maria, agora, as investigações buscam compreender o que aconteceu. Algumas questões serão respondidas ao longo dos próximos dias pelo trabalho da investigação. Até agora, conforme o delegado regional Sandro Meinerz, a linha de investigação diz que a dentista planejou e veio por motivação própria para Santa Maria. Ela foi vista pela última vez às 20h08min de sábado indo em direção ao local onde foi encontrada cinco dias depois.

Ainda segundo Meinerz, o corpo foi encontrado na mesma região de onde o celular de Bárbara emitiu sinal, às 5h32min de domingo. Ela usava aliança e brincos, mas estava sem bolsa e sem celular. O corpo foi encontrado de bruços em uma área de mato fechado e com marcas de arranhões nos braços, marcas comuns em áreas de vegetação fechada.  A perícia vai dizer se ela chegou a ingerir algum tipo de substância e o que provocou a morte dela. Aparentemente, segundo o delegado, o corpo não tinha sinais de violência além dos arranhões. Veja os detalhes no vídeo abaixo:

– O rastro certamente era dela pelo que verificamos hoje, ela não foi atacada por ninguém e entrou na mata intencionalmente. Por ora, a não ser que a perícia comprove o contrário, trata-se de um suicídio – disse Sandro Meinerz.

Para chegar até o local, três cães farejadores – cada um com uma habilidade específica – ajudaram nas buscas. Segundo Meinerz, além do sinal do celular, as equipes tinham encontrado a pegada de uma bota, que acabou sendo confirmada como sendo de Bárbara.

SUSPEITA DE DEPRESSÃO

De acordo com o delegado Adriano de Rossi, da delegacia de Tupanciretã, a família comentou que Bárbara andava triste, mais quieta e apresentando um quadro depressivo. A desconfiança da família começou há cerca de um mês:

– Ela começou a desmarcar a academia, o pilates, a manicure. A família percebeu, tentou buscar ajuda profissional, mas não deu tempo.

RELEMBRE O CASO

Bárbara saiu de Tupanciretã por volta de 17h do último sábado. Entenda o que a investigação sabe sobre o que aconteceu desde o desaparecimento:

– Na tarde do último sábado, por volta de 17h, Bárbara deixou o escritório do marido, em Tupanciretã, e teria ido pra sua casa, a menos de 500 metros do local

– Por volta das 19h, o marido dela não a encontrou em casa. A chave de Bárbara estava caída no chão e a bolsa, com documentos, estava na residência. A porta do imóvel estava aberta

– O motorista do carro executivo disse que Bárbara pagou a corrida em dinheiro. Ele a deixou em um posto de gasolina por volta de 19h de sábado. Ele chegou a relatar que ela permaneceu em silêncio durante a viagem. Um dia antes, ela chegou a tentar contratar outro carro, mas por não dar informações, não conseguiu confirmar a corrida

– Câmeras de segurança da loja de conveniência do posto mostram ela no local, no começo da noite de sábado

– Do posto, ela teria caminhado em direção ao matagal

– O último sinal emitido pelo celular dela foi por volta de 5h32min de domingo

– Foram quatro dias de buscas que começaram no domingo. Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal atuaram nas buscas. A Polícia Civil chegou a fazer diligências em outros locais, como em Nova Palma e centros religiosos, de onde surgiram informações que supostamente poderiam levar ao paradeiro de Bárbara

– Na manhã de terça-feira, o marido dela veio de Tupanciretã e passou a acompanhar as buscas, junto de tios da dentista. Ainda na terça, amigos dela que residem em Santa Maria também chegaram ao local de buscas

– Na manhã desta quarta-feira, as buscas foram retomadas e interrompidas cerca de duas horas depois, para outras diligências. Depois, o trabalho foi retomado em local não informado pelos órgãos de segurança

– Por volta das 15h um cão farejador do Corpo de Bombeiros encontrou o corpo de Bárbara

– O corpo de Bárbara estava em uma área de matagal às margens da BR-158 às 15h desta quarta-feira

– Não foi encontrada a bolsa nem o celular de Bárbara

– A Polícia Civil acredita que Bárbara tenha perdido os pertences ao entrar na área de mato fechado

– O corpo de Bárbara foi levado para necrópsia

– O caso será investigado pelo delegado Adriano de Rossi da Delegacia de Polícia de Tupanciretã

Fonte: Panambi News