As vítimas passam de 50 – predominantemente meninos de 9 a 12 anos – e também foram identificadas em São Paulo, na capital, em Goiás, na cidade de Santa Rita do Novo Destino, e em Santa Catarina, nos municípios de Cunhataí, Maravilha, São Carlos, Florianópolis, Iraceminha, Concórdia e Chapecó, onde um homem de 22 anos foi preso no dia 20 de fevereiro investigado por aliciar, coagir e abusar de menores. Na residência onde ele residia, no bairro Efapi, os agentes apreenderam materiais pornográficos de crianças e adolescentes.
O delegado que preside o inquérito, Nilmar Manfrin, alertou para que os pais vistoriem os celulares dos filhos e acrescentou, em entrevista à imprensa, para verificarem as conversas, pois o pedófilo se passava por meninas utilizando perfis falsos no Facebook com nomes como "Mariana Matos", "Maria Isabela", "Inês Souto" e "Mariana Castro". "Ele encaminhava imagens pornográficas de uma suposta criança do sexo feminino da mesma faixa etária das vítimas e pedia outras em troca. Depois que ele obtia a primeira imagem ou vídeo das vítimas, passava a chantageá-las, ameaçá-las e coagi-las a continuarem fazendo isso cada vez de maneira pior", contou Manfrin.
Somente em um dos perfis falsos, havia mais de 100 crianças adicionadas como amigas. A apuração prossegue com o apoio da Polícia Federal e do Facebook a fim de identificar a existência de mais vítimas espalhadas pelo Brasil.
Como surgiu a Operação Anjo da Guarda
As investigações tiveram início no fim de janeiro, quando uma mulher procurou a Polícia Civil de Pato Branco, no Paraná, após constatar que o filho de 11 anos estava sendo coagido a enviar imagens suas praticando atos libidinosos, algumas envolvendo o irmão de 5 anos.