O Governador Eduardo Leite diz que vai cortar o ponto dos professores em greve a partir desta segunda-feira, 25. Já os dias parados na semana passada poderão ser negociados.
Desde o dia 18 de novembro, professores suspenderam as atividades em manifestação contra pacote de medidas anunciadas pelo Palácio Piratini. Ao todo, são 768 escolas totalmente paralisadas e 746 afetadas por adesão parcial, conforme último levantamento feito pelo Cpers Sindicato na sexta-feira, 22.
Uma circular foi assinada pelo chefe do Executivo gaúcho e repassada aos demais secretários de Estado, na sexta-feira (22)
“O Estado admite fazer negociação de compensação dos dias parados ao longo desta semana da greve. Vamos descontar os dias parados e fazer a negociação. Mas, a partir de segunda-feira, estaremos descontando e não vamos mais fazer negociação. O governo está aberto ao diálogo, mas não dá para aceitar que essa greve ocorra sem justificativa, por conta da prestação de um serviço que é essencial, em fim de ano letivo, para a população”, salientou o governador.
Em nota, o Cpers diz que não vai recuar. “Registramos, ainda, a cruel ironia de cortar um ponto que a categoria não sabe quando será pago. Por fim, cabe questionar ao governador como pretende recuperar as aulas do calendário letivo após descontar a folha. Esta é uma greve por direitos e pela própria existência da escola pública. Uma greve diferente, marcada por atos de rua e adesão maciça de pais e estudantes. Não será uma ameaça vazia que nos fará recuar. Não somos escravos para seguir trabalhando de graça.”
A próxima asssembleia geral do Cpers ocorre na terça-feira,(26), a partir das 13h30min, na Praça da Matriz , em Porto Alegre