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Grupo de trabalho vai debater medidas federais de combate à estiagem

13 de janeiro de 2022

Um grupo de trabalho vai ser responsável por aprofundar as pautas e atuar para anunciar propostas a fim de auxiliar a agricultura, devido às perdas causadas pela estiagem. Essa foi uma das principais resoluções da visita da Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, ontem pela manhã, em Santo Ângelo.

Conforme o presidente da Fetag – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul – Carlos Joel da Silva, nos próximos dias o grupo de trabalho instituído pelo governo federal vai chamar entidades do agro e o governo gaúcho para avaliar detalhes dos pedidos a fim de ajudar os produtores rurais.

Participarão das discussões, a Fetag, que representa a agricultura familiar; Farsul, entidade de médios e grandes produtores; Fecoagro, referente ao segmento de cooperativas agrícolas; ainda governo gaúcho, especialmente por meio da secretaria estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.

Para a RPI, Carlos Joel da Silva enfatizou que foi importante a presença da Ministra da Agricultura em Santo Ângelo, pois juntamente havia participação de outros órgãos da União, por exemplo, representação do Ministério da Economia, Embrapa, Banco Central, além de outros Ministérios. O presidente da Fetag observou, ainda, a importância de Teresa Cristina ter conversado com agricultores e ouvido a pauta das entidades.

Na estada ontem em Santo Ângelo, a Ministra da Agricultura visitou uma propriedade rural e se reuniu com lideranças agrícolas e políticas. Carlos Joel da Silva entende que agora pauta tem que andar, até porque, os agricultores esperam respostas rápidas, visto perdas na soja, milho, área leiteira, dentre outros segmentos.

A Fetag pediu que custeios e investimentos desta safra ou de safras anteriores, que irão vencer em breve, para que sejam automaticamente prorrogados por seis meses. Segundo a entidade, a medida é fundamental para que os produtores não precisem se desfazer de bens a fim de pagar dívidas mais imediatas.

No geral, as pautas entregues para a Ministra da Agricultura, ontem, em Santo Ângelo, por entidades agrícolas, são bastante semelhantes. O Sindicato Rural Patronal de Ijuí, por exemplo, solicitou o reconhecimento da situação de emergência federal nos cinco municípios de abrangência da entidade, ainda dinheiro a fim de implantar a lavoura de inverno deste ano, até para recuperar um pouco as perdas com a atual safra de verão.

Já a Famurs – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – quer que o governo federal prorrogue o período do zoneamento agrícola, a fim de permitir o plantio da soja. Também solicita crédito emergencial com juro zero, prorrogação das parcelas no âmbito do Pronaf por 10 anos e descontos para liquidação de dívidas ativas com a União.

O governo do Rio Grande do Sul, por sua vez, já definiu o perdão da dívida de produtores que obtiveram sementes pelo programa Troca Troca e aumento do orçamento para o programa Sementes Forrageiras.Além disso, em breve vai liberar dinheiro do programa Avançar na Agropecuária e Desenvolvimento Rural para implantar poços artesianos, açudes e cisternas. Até ontem, 200 municípios decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul em decorrência da estiagem.

Fonte: Radio Progresso de Ijuí