Para o grupo independente de associados da Cotrijuí, a intenção dos principais credores da instituição é a liquidação. Durante entrevista hoje na Progresso, a advogada, Tânia Arbo, que assessora o grupo, disse que pôde perceber essa tendência na reunião de ontem em Porto Alegre. O encontro reuniu área política, o interventor judicial, nomeado pela Justiça, ainda credores e entidades.
Tânia Arbo frisa que o grupo independente não quer tumultuar o processo de intervenção judicial, mas transparência ao processo, após o afastamento da direção liquidante, na semana passada. Diante disso, o mesmo grupo pede que associados participem dessa nova gestão da Cotrijuí, a fim de que os sócios tenham representação.
É possível que o Conselho Fiscal da cooperativa, que ainda existe, chame uma assembleia para escolher esses representantes a serem apresentados para o Judiciário ijuiense. A advogada Tânia Arbo ainda observou que o presidente afastado da cooperativa, Eugênio Frizzo, deveria ter convocado uma assembleia para ouvir os associados sobre a intervenção judicial.
Ela ainda questiona a avaliação de documentos que acontece através de auditoria por parte da administração judicial da Cotrijuí, pois o Ministério Público, recentemente, em operação, recolheu vários documentos, o que interfere na análise. Amanhã a ideia é manter encontro com o Juiz Guilherme Eugênio Mafassioli Correa, do Judiciário ijuiense, responsável pela intervenção na Cotrijuí, e com o administrador judicial.
Hoje pela manhã, associados da Cotrijuí, atuais e ex-funcionários, além de representantes do poder público se mobilizaram na unidade da cooperativa, em Dom Pedrito. O produtor rural, Ricardinho Pileco, disse que o grupo foi impedido de ingressar na unidade, a fim de obter esclarecimentos do que pode acontecer com a Cotrijuí. Pileco ainda comentou que se os armazéns da cooperativa, em Dom Pedrito, não funcionarem, não haverá local suficiente para depósito da atual safra de arroz.