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MANCHETES

HCI adquire aparelho que facilita a reabilitação de pacientes

27 de outubro de 2021

Com foco no bem-estar do paciente e oferecendo o que há de melhor em tratamento, o Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) adquiriu dois aparelhos de laser de baixa frequência que são utilizados no tratamento de pacientes pós-covid-19.

A pandemia trouxe novos desafios aos profissionais da Saúde e alguns procedimentos em relação à lesão por pressão (LP) tiveram que ser repensados. Para fazer frente a essas necessidades, além dos protocolos recomendados pelo Ministério da Saúde (MS), o maior hospital filantrópico do interior do Estado adotou a Fotobiomodulação, modalidade terapêutica utilizada na reabilitação de pacientes com objetivo de acelerar os processos celulares que levam ao alívio da dor e diminuição da inflamação.

Coordenadora do Serviço de Fisioterapia do HCI, Pollyana Windmoller explica que o aparelho tem sido utilizado no tratamento de lesão por pressão, comum em pacientes pós-covid que  tiveram que ficar por longos períodos deitados na mesma posição. “Principalmente por causa da posição decúbito ventral ou posição prona (acontece quando o corpo está deitado em uma superfície, mas com a face e a região do abdômen voltadas para baixo) por períodos que variaram entre16 horas e 24 horas, o que leva à formação de lesões por pressão, inclusive em locais que não eram vistos em pacientes de UTIs não-covid como a testa, nariz, joelhos, seios. Com o tratamento a laser conseguimos melhorar o reparo tecidual, acelerar o processo de cicatrização e diminuir a inflamação, oferecendo benefícios no tratamento a pacientes pós-covid.”

Com a redução no número de pacientes internados por covid-19, os equipamentos passaram a ser utilizados também pelo Serviço de Fisioterapia do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e nas unidades abertas, beneficiando um número maior de pacientes. “É um equipamento móvel, que pode ser utilizado tanto na Clínica Médica quanto em pacientes internados na UTI”, reforça Pollyana.

“A Fotobiomodulação tem se mostrado cada vez mais efetiva no tratamento de pacientes oncológicos que apresentam linfedema pós-câncer de mama, e também na prevenção e tratamento de mucosite oral, radiodermite, neuropatia periférica, quadro de dor pós-operatória, entre outras situações”, acrescenta a fisioterapeuta do Cacon, Carla Fabiana Viana Muraro, especialista em Oncologia. Nestes casos, conforme a profissional, é empregado pela Fisioterapia o laser de baixa potência com comprimento de onda de 630 e 904 nanômetros, uma terapia atérmica que tem como mecanismos a absorção de parte da luz pelo tecido gerando um fenômeno fotobiológico na célula que promove ação analgésica, anti-inflamatória e de reparação tecidual.

“Cabe ao fisioterapeuta especialista avaliar adequadamente cada complicação para que os parâmetros sejam corretamente escolhidos e com total segurança”, frisa Carla. “Estamos obtendo ótimos resultados. A nossa constante busca, através de estudos, por tecnologias, é para que possamos oferecer aos nossos pacientes um atendimento cada vez mais humanizado e de qualidade.”

Pollyana antecipa que o setor estuda futuramente utilizar os equipamentos no tratamento de fissuras de mamas de mulheres lactantes, como alternativa de proteção ao aleitamento materno, e trazendo ainda mais benefícios aos pacientes do HCI.

Fonte: Radio Progresso de Ijuí e HCI