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Homem é condenado a 30 anos de prisão por simular assalto e planejar morte de esposa em São Borja

4 de julho de 2019

A Justiça condenou na noite desta quarta-feira (3) Husen Kasem Khaled a uma pena de 30 anos, por simular um assalto e planejar a morte da mulher, Sônia Khaled, de 44 anos. O crime ocorreu em 2015, e chocou a cidade de São Borja, na Fronteira Oeste.

O julgamento começou na terça-feira (2). Husen foi considerado culpado por homicídio quadruplamente qualificado, e não poderá recorrer em liberdade. Ele deverá pagar ainda uma indenização de R$ 300 mil a cada um dos três filhos. Conforme a acusação, ele foi o mandante da morte da mulher por motivação financeira. A defesa de Husen informou que vai ocorrer da sentença.

O outro réu julgado, Valdemir Trindade Rodrigues, foi condenado a 24 anos, por homicídio triplamente qualificado. Além disso, foi determinado que ele deve pagar uma indenização de R$ 80 mil às vítimas. Conforme a denúncia, ele ajudou na negociação entre Husen e os homens contratados para matar Sônia, além de emprestar uma moto para os executores na noite do crime.

A advogada de Valdemir, Josiane Balbe, afirmou que achou injusta a sentença. “Ele não merecia isso. A conduta dele não foi para matar ninguém. Ele não é assassino”, afirma.

Josiane recorreu em plenário e pediu a anulação do julgamento e a dissolução do Conselho de Sentença (o corpo de jurados).

Como foi o crime

Segundo a denúncia do Ministério Público, Husen ofereceu dinheiro aos réus para que matassem a mulher. O crime ocorreu no dia 6 de novembro de 2015. O marido buscou Tiago e Bruno de carro e os levou para a casa da vítima.

No local, Husen abriu o portão para a dupla, que rendeu e amarrou Sônia. Ele também foi amarrado, para simular um assalto.

A mulher foi colocada no banco de trás do carro de Husen e levada até a Rua Coronel Tristão de Araújo Nóbrega, onde foi executada.

Os réus responderão por homicídio qualificado – motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a vítima, e contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.

Em seu depoimento, Tiago, que aceitou delação premiada, declarou que Husen ofereceu R$ 50 mil a Bruno para que confirmasse que se tratava de latrocínio.

Fonte: G1