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Humaitá decreta situação de emergência e tem aprovação do estado

24 de novembro de 2020

Humaitá teve a situação de emergência pela estiagem homologada pelo Governo do Estado. A homologação consta em decreto estadual publicado nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial do Estado (DOE). Além de Humaitá, o Estado homologou também as situações de Palmitinho, Giruá e Santo Cristo.

A prefeitura de Humaitá decretou emergência pela estiagem na última sexta-feira (13). Pela segunda vez no ano é assinado decreto em razão da estiagem; a primeira foi em 17 de março. A partir da homologação pelo Estado, é aguardado ainda o reconhecimento da União para tornar o município apto a receber recursos emergenciais e habilitar os agricultores a renegociarem suas dívidas.

Nas regiões Norte e Noroeste do estado, já tiveram as situações reconhecidas pela União os municípios de Tenente Portela, Frederico Westphalen, Caiçara, Seberi e Vista Alegre. Até esta segunda, conforme balanço da Defesa Civil estadual, 63 municípios decretaram emergência pela estiagem.

Da região Celeiro, já emitiram decretos as prefeituras de Humaitá, Tenente Portela, Tiradentes do Sul, Barra do Guarita, Três Passos, Crissiumal e São Martinho. Embora ainda sem decreto registrado, Derrubadas já consta no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. Dentre os municípios que decretaram emergência na região também estão Nova Candelária, Três de Maio e Santa Rosa.

Levantamento estima pelo menos R$ 13,2 milhões em prejuízo em Humaitá

Conforme o levantamento elaborado pela Emater, os prejuízos são contabilizados em todas as localidades atingindo 573 propriedades. Foram consideradas as perdas acumuladas durante 57 dias, entre o período de 13 de setembro a 11 de novembro. O prejuízo financeiro total é estimado em R$ 13,2 milhões. Como comparação, o levantamento para o decreto do início do ano, emitido em março, estimava R$ 11 milhões em prejuízo.

Há pelo menos 10 famílias que sofrem com o desabastecimento de água em Humaitá. Na cultura do milho para silagem, a perda em comparação à produção anual se estimou em 56%. Dos 35 mil quilos por hectare projetados, é esperada uma quebra de 15 mil quilos. O prejuízo financeiro é de aproximadamente R$ 3,7 milhões na área de 900 hectares.

Na cultura do milho para produção de grão, também se estima uma perda de 56% até o momento. O levantamento ocorreu durante a fase de floração da cultura na área de aproximadamente 1.500 hectares. Dos 8.200 quilos por hectare de produção projetados inicialmente, a quebra deve representar pelo menos 4.560 quilos. O prejuízo financeiro já chega a R$ 7,8 milhões.

Estima-se ainda uma perda, até o momento, de 80% na área de 970 hectares destinadas às pastagens utilizadas na produção de leite e gado de corte. Da estimativa inicial de 14 mil quilos por hectare, a quebra deve chegar a 11.200 quilos. Financeiramente, o prejuízo é de R$ 1,6 milhão.

Na produção de leite, até o momento, não foram estimadas perdas, pois os produtores estão utilizando a silagem da produção da safra normal. Caso a estiagem se estenda, haverá perdas significativas, pois o gado não conseguirá se alimentar adequadamente devido aos danos causados à pastagem e quebra na produção de silagem.

Fonte: rdfoco.com