O escritório municipal da Emater de Ijuí se reuniu na tarde de hoje com o prefeito Valdir Heck, e demais representantes da prefeitura, para apresentar os dados acerca da extensão da estiagem no município, em função da falta de chuvas que atinge todo o Estado desde novembro. De acordo com o relatório, as perdas em diferentes culturas agrícolas somam R$ 105 milhões.
Na soja, principal produto agrícola desta temporada, a quebra em relação à produção estimada no início da safra é de 33%, com perdas R$ 65 milhões. As diferentes variedades de milho cultivadas tiveram perdas somadas de R$ 5,9 milhões. No milho grão, a quebra foi de 15%, e no milho silagem tipo 1 as perdas foram de 30%.
A Emater municipal considerou o período iniciado em novembro e que se estendeu até fevereiro, que compreende 117 dias. Na ocasião, foram 32 dias com registro de chuvas e 85 dias sem nenhum tipo de precipitação. Em novembro, o município de Ijuí registrou 69 milímetros de chuva, média de 3,3 milímetros por dia. Em dezembro foram 76 milímetros, em janeiro 146 milímetros e em fevereiro somente 50 milímetros. Em todo este tempo, a maior média diária de chuva ocorreu em janeiro, quando foram registrados 4,7 milímetros de precipitação por dia. O ideal para o período é de 7 milímetros de precipitação diários.
Mesmo com o baixo índice de precipitação, a situação ainda é classificada como estiagem e não como seca. Porém, como não há previsão de chuvas para a próxima semana, a projeção é de perdas ainda mais acentuadas. Com a apresentação dos dados, caberá ao poder Executivo definir sobre a emissão de decreto de emergência em função da estiagem. Neste ano, o governo gaúcho, que é quem decide sobre a homologação ou não dos decretos de emergência, tem negado pedidos em municípios onde não há perdas humanas, como a falta d’água e outros problemas.