A reportagem da Rádio Progresso conversou, nesta manhã, com a Ijuiense Bruna Zeni. Atualmente ela reside na Itália, em Bolonha, capital da Emília- Romanha, província vizinha a Vêneto e Lombardia, regiões onde estão concentrados o maior número de infectados com o novo coronavírus.
Em entrevista à RPI, Bruna relata como está a situação por lá. Segundo ela, essa é a segunda semana de suspensões, que já impactam consideravelmente na vida dos italianos.
As ações já foram estendidas para todo o território nacional da Itália. Segundo o relato, cursos e aulas de séries iniciais até as universidades, além de toda e qualquer atividade que envolva aglomeração de pessoas, estão suspensas. Em alguns casos as aulas acontecem via online, porém, de forma muito improvisada. Além disso, museus e bibliotecas estão fechados.
Outra medida anunciada que surpreende os brasileiros é que lá, em função do cancelamento das aulas nas séries iniciais, o governo distribui uma espécie de “ticket”, que funciona como um “vale babá”, para auxiliar nas despesas das famílias.
A Ijuiense relata ainda que atualmente a Itália vive no período do inverno, e que o povo italiano não tem o costume de lavar as mãos com frequência. Além disso, o cumprimento da população é feito através do aperto de mão, todos essas pequenas ações contribuem significativamente para a proliferação do vírus, tanto que as campanhas do Ministério da Saúde daquela região, são voltadas a incentivar as pessoas a se cumprimentarem apenas a distância.
Outra medida que vem chamando atenção desde o início dessa semana é que os restaurantes da região da Bolonha fixaram placas dentro dos estabelecimentos, orientando as pessoas a manterem a distância mínima de um metro uma das outras.
Até agora, são mais de 2500 casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus em toda Itália.
Abaixo, imagem das placas fixadas nos restaurantes, pedindo para que as pessoas mantenham distância de 1 metro umas das outras.
Confira abaixo o áudio da entrevista, realizada nesta manhã, no programa Rádio Ligado!