O Governo do Estado divulgou na manhã desta quinta-feira (13) os indicadores criminais de julho no Rio Grande do Sul. A apresentação foi feita em uma videoconferência com a presença do governador Eduardo Leite e o vice-governador e secretário de segurança pública Ranolfo Vieira Júnior. O resultado divulgado reforçou a tendência de queda na criminalidade no Estado, com destaque para os feminicídios que recuaram 86%, com apenas 2 casos em julho. É o menor total desde o início da série histórica em 2012. No acumulado do ano, a partir agora o resultado é de queda, com recuo de 4%, 55 para 53. São 3 meses de redução nesse indicador, o que para o vice-governador demonstra que o distanciamento social não tem sido um fator que influencia tanto no aumento dos feminicídios, como era projetado no início do ano. Os demais indicadores de violência contra a mulher também fecharam em baixa no mês de julho. Os estupros caíram 33,6%, com 95 casos, contra os 143 registrados no mesmo mês em 2019. Lesões corporais reduziram de 1.364 para 1.155 (-15,3%), as ameaças, de 2.739 para 2.295 (-16,2%), e as tentativas de feminicídio ficaram estáveis, com 22 casos. No acumulado de 2020, as tentativas de feminicídio caíram de 205 para 188 (-8,3%).
Ainda nos crimes contra a vida, homicídios cairam 12,2% em julho no Rio Grande do Sul, com 130 ocorrências em 2020 contra 148 no ano passado. No acumulado de 2020, a queda é de 8,1%, com 92 vidas perdidas a menos, 1042 contra 1134 em relação a 2019. Ranolfo destaca que entre os 10 municípios que mais reduziram homicídios, nove estão entre as cidades priorizadas pelo programa RS Seguro, com principal destaque para Gravataí, que após 17 anos, conseguiu registrar dois meses consecutivos sem homicídios. Em maio, o último registro foi no dia 23. Latrocínios, no entanto, apresentaram elevação de 66,7%, com 5 registros em julho deste ano, contra 3 no ano passado. No acumulado do ano, ainda há redução no indicador de 7,1%, com 39 registros em 2020, contra 42 no mesmo período em 2019.
Em crimes contra o patrimônio, chama atenção a queda de ataques a bancos, com redução de 77,8% em julho de 2020, na comparação com o mesmo período no ano passado. Foram apenas duas ocorrências no mês passado, contra 9 em 2019. No acumulado do ano, a queda é de 55,9%, com 30 registros entre janeiro e julho de 2020, contra 68 no mesmo período em 2019. Neste indicador, o vice-governador reforça que o distanciamento social também não influencia nos números, pois as agências continuaram operando desde o início da pandemia. Roubo de veículos também apresentou redução em julho. Foram 235 carros roubados a menos em relação a 2019, de 867 para 632. É o menor resultado da série histórica, contabilizada desde 2002. Em sete meses de 2020, a queda é de 20,6%. Também houve retração em julho nos furtos de veículo (-34,6%), nos roubos (-37,3%) e nos furtos (-38,2%) em geral, e nos ataques a comércio (-39,8%). Os roubos a transporte coletivo, somadas as ocorrências envolvendo passageiros e trabalhadores de ônibus e lotações, teve cinco casos a mais do que no mesmo mês de 2019, mas o acumulado desde janeiro ainda é 42,9% menor do que o número registros em igual período do ano passado. “Estamos em um momento bom, mas ainda não estamos satisfeitos”, disse Ranolfo, salientando que há muito ainda para melhorar nos indicadores.