De acordo com o comandante do 3º RPMon, Major Paulo Cesar de Carvalho, houve diálogo com o grupo, que se mostrou irredutível. “Demos um prazo para que desocupassem a área, onde existem nascentes de água, que abastesse o Rio Passo Fundo, mas eles foram hostís”, conta.
Encerrado o prazo, guarnições da Brigada Militar retornaram ao local. Houve uma segunda tentativa de acordo, momento em que iniciou o confronto. Os índios utilizaram-se de pedaços de madeiras e enchadas, enquanto a polícia fez uso de balas antimotim.
O tumulto se estendeu entre a polícia e os índios até o meio da rodovia, que ficou bloqueada. As crianças e mulheres foram colocadas na frente dos homens. No meio da confusão, o grupo dispersou e os menores correram.
Após conflito com a BM, eles deixaram a área da fazenda e seguiram a pé pelo acostamento da rodovia, em direção a Lagoa Vermelha.
Um dos líderes foi detido e apresentado na delegacia. O major Carvalho, no primeiro contato com o grupo, acionou a Polícia Federal. A polícia, por sua vez, infomou que a Funai não responderia por aquele grupo, já que aqueles índios não fazem parte de uma aldeia.
Não houve registro de feridos. Mais tarde, em meio aos objetos deixados pelo grupo foi encontrada uma espingarda calibre 20, municiada. A arma foi apresentada na delegacia. A área fica, agora, monitorada por guarnições, 24 horas por dia.