A ação de hoje decorre de investigação realizada para apurar crimes eleitorais no último pleito municipal, sobretudo, através da doação de vales-combustíveis a eleitores, em troca de votos. Durante a campanha foram apreendidos diversos vales-combustíveis, fracionados em cinco e 10 litros e codificados através de letras, além de cheques de valores expressivos. Estes foram emitidos em nome de um dos candidatos e de familiar próximo de outro, além de documentos e demais objetos pertinentes à investigação.
Forma de atuação
Grupo de pessoas associadas criou uma antítese ao que se apresentava na investigação, que culminou na operação “Caixa de Pandora”, procurando maquiar os fatos, na tentativa de livrar a responsabilidade criminal eleitoral. Isso foi possível identificar através de gravações telefônicas autorizadas judicialmente, nas quais combinam encontros e ajustam as versões a serem dadas em depoimentos. Também mencionam quais provas devem ser criadas, além da confirmação do que se apura, como a captação de votos em troca de algum benefício e da utilização de influência política e econômica.
Detalhes
Em entrevista coletiva na manhã de hoje no Ministério Público, foram apresentados áudios telefônicos onde um candidato a vereador fala com cabos eleitorais, acertando esquema de compra de votos. Em outra uma pessoa é orientada de como deve prestar depoimento. Também foi salientado pelos integrantes do MP que servidores da garagem da prefeitura de Ijuí estão sendo investigados. Eles são suspeitos de ceder máquinas para realização de serviços em áreas particulares em troca de votos para os vereadores.