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Leite sobre privatizações: “Não é uma linha de chegada. É um ponto de partida.”

3 de julho de 2019

No dia seguinte após as votações na Assembleia Legislativa que autorizaram o Governo do Estado a vender as estatais CEEE, Companhia Rio-Grandense de Mineração e Sulgás, o governador Eduardo Leite concedeu entrevista coletiva no Palácio Piratini para repercutir a vitória no parlamento, considerada histórica. O chefe do Executivo ressaltou a importância do protagonismo dos deputados que aprovaram a agenda proposta pela gestão. “Não é uma linha de chegada. É um ponto de partida. Outras mudanças, outras iniciativas virão pela frente. A vitória já está no passado, foi ontem, viramos essa página. Agora seguimos nos próximos capítulos para poder fazer o Rio Grande do Sul ter um horizonte, um futuro melhor para todos”, analisou Eduardo Leite.

Ainda sobre as votações, o governador salientou a consciência da importância das privatizações para aderir ao regime de recuperação fiscal e também para a modernização da economia gaúcha. “O setor privado tem tudo pra fortalecer essas empresas, esses setores, melhorar o desempenho e a eficiência na prestação de serviços e por isso até mesmo significar geração de emprego e renda pro futuro do nosso Estado”, avalia Leite. Segundo o governador, o próximo passo agora é avançar no diálogo com o governo federal para a adesão ao regime de recuperação fiscal. Segundo Eduardo Leite, a privatização das empresas era a última etapa a ser cumprida para o acordo. Em paralelo a isso, em parceria com o BNDES, o Governo vai elaborar a modelagem da venda das estatais, que devem levar um ano. Eduardo Leite garante que todo o processo de modelagem será transparente para informar a sociedade sobre todos os passos até de fato a conclusão da venda das estatais.

Sobre o passivo da CEEE, cuja dívida só em ICMS é, segundo o Piratini, supera R$ 1 bilhão, Eduardo Leite adianta que este valor não deve ser incluído no preço a ser pago pelo setor privado, pois isso poderia inviabilizar a atração de compradores. Questionado se a rapidez em vender as estatais pode reduzir o valor das empresas e caracterizar um mau negócio, o governador considera esta lógica pouco objetiva e científica. “Se demorarmos muito, também vai ser um mau negócio. Então vamos fazer no tempo certo. No momento em que o mercado tem apetite. O Rio Grande do Sul sai na frente”, argumenta Eduardo Leite, comparando com Minas Gerais que também quer privatizar empresas, mas ainda não avançou na legislação. O governador, porém, analisa que caso a oferta de privatizações de empresas aumente, na medida que outros Estados e a própria união também manifestam interesse em vender patrimônio, o preço das empresas pode diminuir, pois os recursos de investidores são os mesmos.

O Governador ainda destacou que a gestão está trabalhando em outras operações que garantam receitas extraordinárias que possam resolver passivos herdados, como na área da saúde, e também para colocar os salários de servidores em dia. Leite garante que operações estão sendo estruturadas, que incluem, a partir da adesão ao regime de recuperação fiscal, a possibilidade de contrair novos financiamentos. O objetivo do governador é antecipar em torno de R$ 3 bilhões da venda das estatais para recuperar o orçamento e pagar os servidores em dia. “Continuamos com esse compromisso e buscando com todas as condições de viabilizar ainda esse ano”, garante Eduardo Leite.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí