Busca rápidaX

Mais de 1.300 municípios têm água contaminada por agrotóxicos; Ijuí e região não se enquadram, diz Corsan

15 de abril de 2019

Dados do Ministério da Saúde obtidos através de investigação das agências de jornalismo investigativo, –  Repórter Brasil e Agência Pública -, revelam as informações que são parte do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), a qual reúne os resultados de testes feitos pelas empresas de abastecimento.

Os resultados mostram que um coquetel que mistura diferentes agrotóxicos foi encontrado na água consumida em 1 a cada 4 cidades do Brasil entre 2014 e 2017. Nesse período, as empresas de abastecimento de 1.396 municípios detectaram todos os 27 pesticidas que são obrigados por lei a testar. Desses, 16 são classificados pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas.

Entre os locais com contaminação múltipla estão as capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis e Palmas. Outro problema detectado foi que dos 5.570 municípios brasileiros, 3.931 não realizaram os testes.

A equipe da RPI entrou em contato com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) de Ijuí. Segundo o Químico Regional, Plutarco Germano Marques, a companhia realiza testes mensais, trimestrais e semestrais, e, inclusive, realizou o Sisagua. O profissional afirma que na região de Ijuí, a qual abrange 64 municípios, nunca foi detectado valores de agrotóxicos acima do que é permitido na legislação, pois para cada produto há um parâmetro e um valor máximo. (Valores simplificados estão disponíveis na portaria nº 2914, de 12 de dezembro de 2011).

O químico também faz um apelo para que a população se mantenha tranquila. “Se algum dia for identificado valores acima do permitido, nós iremos comunicar a população imediatamente”. Ele também ressalta o papel da sociedade. “Nossa responsabilidade é de monitorar, mas também dos agricultores que usam estes produtos e dos vendedores que os comercializam”, conclui.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí; Uol