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“Milena não gritou por socorro pois foi anestesiada e dopada”, afirma advogado de acusação

27 de janeiro de 2021

O advogado de acusação, Humberto Meister, que atua no Caso Milena, diz ter a segurança de que houve o estupro e, em decorrência dele, uma importante hemorragia. Meister atua junto aos pais de Milena Eduarda Déckert Schreiber, de 15 anos, que foi encontrada morta no dia 20 de setembro, em Capão Bonito, interior de Ijuí.

Conforme o advogado, a autópsia, quando foi feita no dia do ocorrido, detectou que houve uma laceração de 6 centímetros de extensão com 5 centímetros de profundidade na vagina. Essa laceração, segundo ele, provocou o rompimento de algumas veias e houve o sangramento que, possivelmente levou ela a morte em cerca de 15 minutos.

“Quando ela foi transportada para Ijuí, lamentavelmente já estava morta. As lesões que existiam na vagina já indicavam claramente que uma violência muito grande teria sido praticada. Uma relação consensual não deriva em lesões tão graves. Neste momento a família já tinha certeza que ocorreu o estupro. Na certidão de óbito já contou como causa morte hemorragia em razão de lacerações na vagina”, revelou.

De acordo com Meister, a família não entedia como Milena não tinha reagido e gritado por socorro para nenhuma das 40 pessoas que estavam no local, fato este que foi solucionado durante a investigação. “A resposta veio dos laudos feitos através da extração da urina. Se constatou que duas substâncias estavam em seu organismo: uma de natureza anestésica e outra de natureza dopante, usados como uma espécie de ‘Boa Noite Cinderela’, destacou.

Questionado sobre um problema que Milena tinha no olho e que ela poderia ter tomado uma dessas medicações em decorrência do tratamento, o advogado diz que a adolescente seguramente não o fez. “Os medicamentos que ela tomava não possuem nenhuma relação com os apontados pelos laudos. Essas substâncias foram encontradas na urina que depende da ingestão, sendo ingeridas momentos antes da violência sexual, diferentemente do exame de sangue, que dar um tempo maior de detecção”, disse.

Em relato ao Ministério Público, a Polícia Civil informou que um suspeito de 17 anos teria cometido o ato. “Eles haviam se conhecido pessoalmente meses antes neste piquete onde ocorreram os fatos. Em decorrência da pandemia, não tiveram mais contato, apenas via WhatsApp. Sabemos que a família é ajustada, bem esclarecida, jamais a Milena teria uma relação em um local em que 40 pessoas transitavam, ainda mais sem preservativo”, concluiu.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA: 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí